Instituto Ar: colocando a saúde no centro da agenda climática brasileira

Organização pioneira une médicos e pesquisadores para enfrentar os impactos da crise climática na saúde pública

Com 17 anos de atuação, o Instituto Ar tem se destacado como uma organização fundamental na intersecção entre saúde, clima e qualidade do ar no Brasil. Fundado em 2008 pela médica e pesquisadora Evangelina Araújo, o Instituto nasceu da necessidade de colocar a saúde humana no centro das discussões sobre a crise climática, tema ainda pouco abordado nas políticas ambientais nacionais.

A trajetória do Instituto Ar inclui importantes conquistas, como a participação ativa na criação da Política Nacional de Qualidade do Ar (PNQAr), aprovada em 2024, que estabelece pela primeira vez um marco legal para o controle da poluição atmosférica no país. Essa legislação define responsabilidades para estados e municípios, cria inventários de emissões e exige planos de gestão, tornando a qualidade do ar uma obrigação legal com base na saúde pública.

Além disso, o Instituto foi protagonista na revisão dos padrões nacionais de qualidade do ar. Após identificar falhas na Resolução nº 491 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que não protegia adequadamente a saúde da população, o Instituto Ar, em parceria com o Ministério Público Federal, levou o tema ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão do STF obrigou a revisão da resolução, resultando na Resolução nº 506/24, alinhada às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e mais protetiva para a saúde.

O Instituto Ar também desenvolve pesquisas e mobiliza a classe médica, coordenando o movimento Médicos pelo Clima e integrando a coalizão Respira Amazônia, que monitora a qualidade do ar na região amazônica. Entre seus estudos de destaque está a pesquisa sobre os impactos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que evidenciou o aumento de doenças respiratórias e cardiovasculares nas comunidades afetadas, ampliando o debate sobre saúde e desastres ambientais.

Em 2024, eventos climáticos extremos como queimadas, enchentes e ondas de calor expuseram o despreparo do sistema público para lidar com os impactos sanitários da crise climática. Para Evangelina Araújo, “o que precisa ser feito são planos de assistência tanto para situações emergenciais quanto para atender as doenças ou consequências dos eventos na população em termos de saúde”. O Instituto Ar atua para fortalecer essa articulação, pressionando por ações concretas e construindo pontes entre sociedade civil e poder público.

O Instituto Ar é uma organização sem fins lucrativos que transforma conhecimento científico em ação, influenciando políticas públicas e mobilizando a sociedade para garantir um ar e um clima mais saudáveis. A defesa da saúde frente à crise climática, segundo Evangelina, “é uma das tarefas mais urgentes da humanidade e precisa ser tratada com a seriedade de quem entende que o tempo está se esgotando”.

Este conteúdo foi elaborado com dados fornecidos pela assessoria de imprensa do Instituto Ar. Para mais informações, entrevistas e detalhes, o contato está disponível para ampliar o debate sobre saúde e meio ambiente no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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