Câncer de pulmão cresce entre não fumantes, especialmente mulheres, devido à poluição
Adenocarcinoma, tipo mais comum da doença, avança entre mulheres jovens que nunca fumaram, alerta SBCO
Dados recentes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) revelam um aumento preocupante nos casos de câncer de pulmão entre não fumantes, especialmente mulheres jovens. Em alusão ao Agosto Branco, mês dedicado à conscientização sobre essa doença, a SBCO destaca o adenocarcinoma como o tipo mais comum de câncer de pulmão, que agora avança também entre pessoas que nunca fumaram.
Um estudo global publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine, liderado pela Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer (IARC/OMS), aponta a poluição do ar como um fator de risco emergente. Segundo a pesquisa, mais de 80 mil novos casos anuais de câncer de pulmão em mulheres no mundo são atribuíveis à poluição ambiental por material particulado. Essa evidência reforça a necessidade de políticas públicas que reduzam a emissão de poluentes e protejam a população.
Apesar desse cenário, o tabagismo continua sendo o principal fator de risco para o câncer de pulmão, responsável por 85% dos casos. O alerta da SBCO inclui todas as formas de fumo, como cigarro tradicional, cigarros eletrônicos (vapes) e narguilé, que são igualmente nocivos e altamente viciantes. O presidente da SBCO, cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, enfatiza que “não fumar é o melhor caminho” e que “para quem fuma, nunca é tarde para parar”. Ele também destaca que “medidas favoráveis ao meio-ambiente, incluindo a redução de emissão de poluentes, também contribuirá para a redução da incidência de câncer de pulmão no mundo”.
Além do tabagismo e da poluição, outros fatores de risco incluem sedentarismo, consumo excessivo de álcool, exposição passiva ao cigarro, condições ocupacionais com inalantes tóxicos e hereditariedade. A SBCO reforça a importância do diagnóstico precoce, pois o câncer de pulmão costuma ser silencioso nos estágios iniciais, dificultando a detecção. Sintomas como tosse persistente, falta de ar, dor no peito, perda de peso inexplicada e sangue no escarro devem ser sinais de alerta para buscar avaliação médica imediata.
O diagnóstico envolve exames clínicos, de imagem, broncoscopia, biópsia e testes moleculares para identificar o subtipo do tumor e orientar o tratamento. A cirurgia, especialmente a lobectomia, é indicada para casos iniciais, e técnicas minimamente invasivas e robóticas têm melhorado os resultados. Novas terapias, como imunoterapia e terapias-alvo, além da evolução da radioterapia, ampliam as chances de controle e remissão da doença.
A SBCO, fundada em 1988, atua na prevenção, detecção precoce e tratamento do câncer, promovendo educação médica continuada e intercâmbio de conhecimentos. A campanha Agosto Branco é uma iniciativa importante para alertar a população sobre os riscos do câncer de pulmão e a necessidade de cuidados com o meio ambiente e hábitos saudáveis.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA