Ampliação do DIU na Atenção Primária Revoluciona o Planejamento Familiar no Brasil

Crescimento de 55% nas inserções do DIU fortalece a saúde reprodutiva e a autonomia feminina

Dados recentes da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde revelam um avanço significativo no acesso ao planejamento familiar no Brasil. Entre 2022 e 2024, houve um aumento de 55% no número de dispositivos intrauterinos (DIUs) inseridos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), saltando de 52.000 para mais de 80.000 procedimentos. Esse crescimento reflete um progresso importante na oferta de métodos contraceptivos de longa duração, contribuindo para a saúde reprodutiva das mulheres brasileiras.

O DIU, disponível nas versões de cobre e hormonal, é reconhecido por sua alta eficácia, com 99% de proteção contra a gravidez. Apesar disso, atualmente apenas 4% das mulheres em idade reprodutiva (15 a 49 anos) utilizam o método, enquanto a pílula anticoncepcional e o preservativo masculino são mais comuns, usados por 38% e 21% das mulheres, respectivamente. A ampliação do acesso ao DIU na atenção primária pode mudar esse cenário, oferecendo uma alternativa segura e duradoura para o controle da fertilidade.

O ginecologista Rodrigo Mirisola destaca a importância da educação e da capacitação dos profissionais de saúde para o sucesso dessa estratégia: “A educação sobre a saúde feminina é fundamental para continuarmos progredindo em pautas como o planejamento familiar e o desenvolvimento social e econômico das mulheres. Com acesso à informação de qualidade, podem discutir mais profundamente o método contraceptivo mais adequado às suas realidades, junto a um especialista”.

Atualmente, menos de 20% das UBSs realizam a inserção do DIU, o que evidencia a necessidade de ampliar a capacitação dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS). Além da contracepção, o DIU hormonal tem aplicações terapêuticas, como o tratamento do sangramento uterino anormal e proteção endometrial em mulheres na menopausa, ampliando seu impacto positivo na qualidade de vida feminina.

A ampliação do DIU na rede pública também está alinhada com compromissos internacionais do Brasil em direitos reprodutivos, contribuindo para a redução das desigualdades regionais e socioeconômicas. Mulheres em situação de vulnerabilidade, que enfrentam barreiras no acesso a métodos contraceptivos modernos, passam a ter mais opções para decidir sobre suas vidas.

Em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde registra uma média de 800 inserções mensais do DIU nas UBSs da capital, com unidades como a da Vila Mariana realizando cerca de 15 procedimentos por mês sem fila de espera, mediante agendamento. Esse exemplo reforça a importância da participação ativa das mulheres no manejo da própria saúde.

O Dr. Mirisola conclui que “ampliar o acesso ao DIU não é apenas uma estratégia de saúde pública, mas uma política de futuro, que fortalece o protagonismo feminino e contribui para o desenvolvimento sustentável”. Assim, o avanço na oferta do DIU representa um passo decisivo para o empoderamento das mulheres e a promoção da saúde integral no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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