Ozempic e similares transformam hábitos alimentares e perfil de consumo no Brasil

Estudo inédito revela que usuários desses medicamentos comem menos, mas optam por produtos premium e conveniência

Uma pesquisa inédita realizada pela Reds Research, empresa do grupo HSR, trouxe à tona mudanças significativas nos hábitos alimentares dos brasileiros que utilizam medicamentos como Ozempic, Mounjaro e Victoza. Originalmente indicados para o tratamento do diabetes tipo 2, esses remédios vêm ganhando popularidade no país, principalmente entre jovens de 18 a 25 anos das classes sociais A/B1, motivados pela busca por emagrecimento rápido e influenciados por celebridades e redes sociais.

O estudo, que ouviu 2 mil pessoas entre maio e junho de 2025, revelou que 19% dos brasileiros já fizeram uso desses medicamentos e que, em média, os usuários consomem 21% menos alimentos. Curiosamente, o impacto vai além da quantidade: o perfil de consumo mudou, com uma migração para produtos premium e pratos prontos. Entre os usuários, 64% dos que usam Mounjaro percebem redução do apetite, contra 36% dos usuários de Ozempic, que, por sua vez, relatam maior perda de peso significativa (54%).

Karina Milaré, CEO da Reds e líder do estudo, destaca que “a crescente procura por medicamentos como o Ozempic e similares revela uma nova forma de consumo relacionada à saúde, à alimentação e ao bem-estar”, mas também levanta questões sobre medicalização e uso responsável.

Os dados mostram que, apesar da redução no consumo de alimentos tradicionais como ovos (-21%), temperos (-23%), enlatados (-24%) e carboidratos como pão (-18%) e macarrão (-12%), houve aumento expressivo no consumo de bebidas premium, como gin (+137%), whisky (+84%) e sake (+208%). Além disso, proteínas vegetais e pratos prontos cresceram 67%, e vegetais congelados, 43%. Esse paradoxo da conveniência indica um consumidor mais planejado, menos impulsivo e com foco em custo-benefício e qualidade.

O estudo aponta ainda impactos importantes para a indústria alimentícia, varejo e mercado premium, que precisam se adaptar a esse novo perfil de consumidor. A expansão do setor de conveniência, com pratos prontos saudáveis, é uma oportunidade clara diante dessas mudanças.

Entre os efeitos relatados pelos usuários estão a redução do apetite (52%), perda de peso significativa (37%), melhor controle da glicose (31%) e desconfortos gástricos (23%). Já os principais motivos para a interrupção do uso foram o alto custo (46%) e o alcance do peso desejado (23%).

Este levantamento reforça a necessidade de um olhar atento sobre o uso desses medicamentos, seus impactos na saúde pública e no comportamento alimentar, além de destacar tendências que vêm moldando o mercado e o estilo de vida dos brasileiros. Dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Reds Research e HSR.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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