Luto Perinatal: Como Entender e Acolher a Dor da Perda Gestacional
Conheça o que é o luto perinatal, a importância do acolhimento e como lidar com a perda de um bebê
O recente relato da apresentadora Tati Machado sobre a perda do filho Rael, com 33 semanas de gestação, trouxe à tona um tema delicado e pouco discutido: o luto perinatal. Essa experiência, que envolve a perda de um bebê durante a gestação, no parto ou nos primeiros dias de vida, é marcada por uma dor profunda e muitas vezes silenciada. Com base em informações da assessoria de imprensa e na expertise da psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, explicamos o que é o luto perinatal e como oferecer acolhimento a quem passa por essa situação.
O luto perinatal não se limita à ausência física do bebê. Ele também abrange perdas simbólicas, como o luto pelo sexo desejado do bebê, a impossibilidade de realizar o parto planejado ou dificuldades na amamentação. Todas essas situações representam a interrupção de expectativas e sonhos, que precisam ser reconhecidos e acolhidos para que o processo de luto seja saudável.
Cada pessoa vive o luto de forma única e sem um prazo definido. Para algumas, a dor pode durar semanas; para outras, meses ou mais. O importante é observar como o luto impacta a rotina diária. Caso a tristeza interfira nas atividades, provoque isolamento prolongado ou pensamentos de desesperança, é fundamental buscar ajuda profissional. Psicólogos e especialistas em saúde mental estão preparados para oferecer suporte e acolhimento.
Lidar com a perda envolve validar os próprios sentimentos, permitindo que emoções como tristeza e culpa sejam expressas sem repressão. Guardar lembranças, como roupas ou fotos do bebê, pode ajudar a transformar a dor em algo significativo. Além disso, o apoio psicológico e a participação em grupos de apoio são essenciais para a superação.
Hospitais humanizados desempenham papel importante nesse processo, oferecendo aos pais a possibilidade de ver e segurar o bebê, além de guardar recordações como fotos, a marca do pezinho ou um pedacinho de cabelo. Essas práticas ajudam a criar uma despedida significativa. Em alguns países, como a Inglaterra, berços refrigerados permitem que os pais passem mais tempo com o bebê antes do sepultamento.
A nova Lei nº 15.139/2025, que institui a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, representa um avanço importante. A partir de agosto, a legislação garante atendimento psicológico pelo SUS, acolhimento humanizado nas maternidades, direito ao registro do nome do bebê natimorto e acesso a exames para apurar a causa da perda. Essa medida combate o silêncio, o julgamento e a solidão enfrentados por muitas famílias.
É importante lembrar que o pai também sente o luto e precisa ser incluído no processo, pois muitas vezes é pressionado a ser “forte” e acaba tendo sua dor invisibilizada. O apoio mútuo no casal é fundamental para fortalecer a relação e facilitar a superação.
Por fim, evitar frases que minimizem a dor, como “foi melhor assim” ou “Deus quis dessa forma”, é essencial para respeitar o momento de luto. Oferecer escuta atenta e sem julgamentos é a melhor forma de acolher quem enfrenta essa perda.
Falar sobre o luto perinatal ajuda a romper tabus, validar o sofrimento das famílias e incentivar práticas mais empáticas e humanizadas, promovendo a saúde emocional de mães, pais e familiares.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA