Coca-Cola adoçada com açúcar de cana: o que dizem os nutricionistas sobre a saúde
Entenda por que a troca do adoçante artificial pelo açúcar de cana não significa um refrigerante mais saudável
A recente novidade da Coca-Cola, que anunciou uma versão adoçada com açúcar de cana-de-açúcar, tem gerado debates entre profissionais da saúde. A mudança, que surge após críticas ao uso de adoçantes artificiais, busca reforçar o apelo de naturalidade do produto. No entanto, segundo a nutricionista Tatiane do Nascimento Abdias Malvazio, parceira da Rede de Clínicas Ambulatoriais SegMedic, é preciso analisar essa novidade com cautela.
Tatiane destaca que, apesar do açúcar de cana ser um ingrediente natural, ele continua sendo açúcar e traz os mesmos riscos quando consumido em excesso. “Essa mudança pode ser uma estratégia de marketing eficaz, criando a sensação de um produto mais saudável, mas na prática não muda o fato de ser um refrigerante com alto teor de açúcar”, alerta a especialista. Ela reforça que o consumidor deve entender que “natural não é sinônimo de saudável” e que o consumo deve ser moderado.
Essa substituição levanta discussões importantes sobre o posicionamento dos produtos alimentícios no mercado. Muitas vezes, campanhas publicitárias associam o termo “natural” a “saudável”, o que nem sempre corresponde à realidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de açúcares livres, incluindo o açúcar de cana, não ultrapasse 10% das calorias diárias de um adulto saudável, sendo ideal que fique abaixo dos 5% para benefícios adicionais. Um copo de refrigerante tradicional pode facilmente ultrapassar esses limites.
No Brasil, o cenário é preocupante: mais de 60% da população adulta está com sobrepeso e cerca de 10% já têm diagnóstico de diabetes tipo 2, segundo dados do Ministério da Saúde. O consumo elevado de bebidas açucaradas é um dos fatores diretamente relacionados a esse aumento.
Para Tatiane, mudanças reais nos hábitos alimentares vão além de alterações pontuais na composição dos produtos. “O consumidor precisa estar bem informado, especialmente em tempos de marketing agressivo e rótulos atrativos. É importante que haja políticas públicas de educação alimentar, rotulagem clara e campanhas que incentivem escolhas conscientes no dia a dia”, completa a nutricionista.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Rede de Clínicas Ambulatoriais SegMedic, reforçando a importância do olhar crítico diante das novidades do mercado alimentício e a necessidade de escolhas conscientes para a saúde feminina e o bem-estar geral.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA