Abscesso cerebral: entenda a doença que causou a morte da atriz mirim Millena Brandão

Presidente da Rede Brasil AVC explica os riscos, sintomas e tratamentos dessa condição rara e grave

A morte da atriz mirim Millena Brandão, de apenas 11 anos, em maio deste ano, trouxe à tona uma condição pouco conhecida, porém extremamente grave: o abscesso cerebral. Conforme laudo da Polícia Técnico-Científica divulgado recentemente, a causa do falecimento foi uma infecção no cérebro que provocou uma inflamação severa. Millena apresentou sintomas como fortes dores de cabeça e mal-estar, e passou por três unidades públicas de saúde antes de falecer no Hospital do Campo Limpo, em São Paulo. Inicialmente, os médicos suspeitaram de dengue e depois de um tumor cerebral, chegando a identificar uma lesão compatível com quadro tumoral. Durante a internação, a menina sofreu 12 paradas cardiorrespiratórias.

Para esclarecer dúvidas sobre essa condição, a Dra. Sheila Mendes, presidente da Rede Brasil AVC, organização que atua na melhoria da assistência e prevenção de doenças neurológicas, explica que “um abscesso cerebral é uma infecção localizada dentro do cérebro que resulta no acúmulo de pus envolto por uma cápsula inflamatória”. Essa infecção pode ser causada por bactérias, fungos ou parasitas, e surge quando microrganismos invadem o tecido cerebral, provocando uma resposta inflamatória intensa. A origem pode estar em infecções próximas ao crânio, como sinusite, otite ou mastoidite, ou ainda disseminação via corrente sanguínea, como em casos de endocardite. Traumas e procedimentos neurocirúrgicos também podem desencadear o abscesso.

A gravidade do abscesso cerebral está relacionada ao aumento da pressão intracraniana, que compromete o funcionamento do cérebro, e ao risco de ruptura do abscesso, podendo causar meningite ou ventriculite. “As consequências podem incluir alterações neurológicas permanentes, como dificuldades motoras, cognitivas ou sensoriais”, alerta Dra. Sheila. O diagnóstico é feito com base em sintomas neurológicos e exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética.

O tratamento deve ser iniciado com urgência e envolve o uso de antibióticos intravenosos de amplo espectro por 6 a 8 semanas, geralmente em ambiente hospitalar. Em casos mais graves, pode ser necessária a drenagem cirúrgica para aliviar a pressão e remover a infecção. Além disso, é fundamental tratar a causa primária da infecção, com uma equipe multidisciplinar formada por neurologistas, infectologistas e neurocirurgiões.

A Rede Brasil AVC, criada em 2008, é uma organização não governamental que busca melhorar a assistência, educação e pesquisa sobre AVC e outras doenças neurológicas no país, promovendo prevenção, atendimento e reabilitação. Para mais informações, visite www.redebrasilavc.org.br.

Este conteúdo foi elaborado com dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Rede Brasil AVC.
A conscientização sobre o abscesso cerebral é essencial para que sintomas como dores de cabeça intensas e mal-estar sejam investigados rapidamente, evitando desfechos trágicos como o da jovem atriz Millena Brandão.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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