Radioterapia pode beneficiar até 60% dos pacientes com câncer de pulmão não operável

Avanços tecnológicos e tratamentos combinados ampliam as chances de controle e sobrevida da doença

De acordo com dados recentes da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), aproximadamente 60% dos pacientes com câncer de pulmão não operável se beneficiam da radioterapia, seja isolada ou em combinação com outros tratamentos. Essa informação está alinhada às diretrizes das sociedades americanas ASTRO e ASCO, que recomendam tratamentos específicos para diferentes estágios da doença.

Para pacientes com câncer de pulmão localmente avançado (estágios II e III) que não podem ser submetidos à cirurgia, a radioquimioterapia concomitante com dose de 60 Gy é indicada. Já para casos iniciais inoperáveis (estágio I), a radioterapia estereotáxica fracionada corpórea (SBRT) oferece um controle local de 90 a 96% em até três anos. Esses dados reforçam a importância da radioterapia como uma opção eficaz para muitos pacientes.

O câncer de pulmão é uma doença grave e bastante prevalente no Brasil, atingindo cerca de 32 mil pessoas anualmente, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). É o segundo tipo mais comum entre os homens e o terceiro entre as mulheres. No Espírito Santo, a incidência é de 10 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2020, foram registradas 28.620 mortes por essa doença no país. Mundialmente, o câncer de pulmão é o mais letal, responsável por 1,8 milhão de mortes anuais, o que representa 18,4% de todas as mortes por câncer, conforme dados da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da OMS.

O radio-oncologista Erick Rauber, diretor de Comunicação da SBRT, destaca que a radioterapia é especialmente indicada quando a cirurgia não é possível, como em estágios avançados ou em pacientes com outras comorbidades. “A radioterapia pode ser usada isoladamente ou combinada com a quimioterapia, com o objetivo de controlar o tumor, aliviar sintomas e, muitas vezes, prolongar a sobrevida do paciente. Os avanços tecnológicos nos equipamentos e nas técnicas de tratamento, como a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e a radioterapia estereotáxica (SBRT), têm possibilitado resultados mais eficazes e com menos efeitos colaterais, mesmo em casos complexos”, explica.

O tema será amplamente debatido no 27º Congresso da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), que ocorrerá em Vitória (ES), entre 30 de julho e 2 de agosto. O evento reunirá especialistas nacionais e internacionais para discutir os avanços no tratamento do câncer de pulmão, com ênfase na personalização do tratamento e na integração multidisciplinar.

Além dos tratamentos, a prevenção é fundamental para combater o câncer de pulmão. O tabagismo é o principal fator de risco, mas também influenciam o uso de cigarros eletrônicos, exposição à poluição do ar, substâncias tóxicas como o amianto e histórico familiar. “A prevenção passa pela adoção de hábitos saudáveis, como atividade física regular, alimentação balanceada, evitar o tabaco e o consumo excessivo de álcool. Também é essencial a implementação de políticas públicas e o apoio das empresas no enfrentamento da doença. O combate ao câncer de pulmão começa muito antes do diagnóstico”, ressalta Erick Rauber.

Este conteúdo reforça a importância da radioterapia como um pilar no tratamento oncológico, especialmente para pacientes que não podem ser operados, e destaca os avanços que têm transformado a jornada dos pacientes com câncer de pulmão.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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