Erros financeiros que impedem a expansão dos pequenos empresários no Brasil

Como a falta de orientação e o uso estratégico do consórcio imobiliário podem transformar o crescimento dos micro e pequenos negócios

Muitos pequenos empresários brasileiros enfrentam dificuldades para expandir seus negócios devido a erros comuns na gestão financeira. Misturar as finanças pessoais com as da empresa, agir com excesso de cautela e não buscar orientação técnica adequada são práticas que comprometem o crescimento dos micro e pequenos negócios no país.

Ao tentar proteger o caixa da empresa, esses empresários frequentemente mantêm recursos parados, investem em aplicações complexas sem o conhecimento necessário ou confundem o patrimônio pessoal com o corporativo. Esses equívocos, somados, acabam freando o potencial de crescimento dos negócios.

Um dos erros mais frequentes é justamente essa mistura das finanças pessoais com as da empresa. Além disso, muitos deixam o dinheiro parado por medo de arriscar ou por dificuldade em identificar boas oportunidades de investimento. Embora tenham boa visão de negócios, esses empresários carecem de orientação para proteger e fazer crescer o que já conquistaram.

Diante desse cenário, é urgente discutir alternativas de investimento que aliem segurança e retorno, especialmente em um ambiente econômico marcado por juros elevados e crédito bancário restrito. Nesse contexto, o consórcio imobiliário surge como uma opção viável e cada vez mais procurada por pequenos empresários.

Diferente das linhas de financiamento convencionais, o consórcio permite utilizar capital de terceiros, por meio da carta de crédito, para adquirir imóveis ou bens de alto valor sem comprometer o fluxo de caixa da empresa. Essa é uma estratégia segura, escalável e flexível, especialmente quando acompanhada por uma assessoria que compreenda o momento e os objetivos do cliente.

O crescimento do setor de consórcios imobiliários, que movimentou mais de R$191 bilhões em créditos em 2024, reflete a mudança de comportamento dos investidores, que passaram a valorizar modalidades com maior previsibilidade e menor risco.

Entre os benefícios do consórcio está a possibilidade de utilizar rendimentos de outras aplicações, como fundos imobiliários ou renda fixa, para quitar as parcelas. Isso permite que o empresário mantenha liquidez e, ao mesmo tempo, amplie seu patrimônio, participando do consórcio sem descapitalizar seus investimentos.

A condução estratégica do consórcio deve ser contínua, com acompanhamento profissional, análise de mercado e uso inteligente do crédito no momento mais oportuno. Com um acompanhamento adequado, é possível antecipar movimentos, analisar o comportamento do grupo e tomar decisões baseadas em dados e contexto, sem depender da sorte.

O maior desafio para os pequenos empresários ainda é o acesso à informação. O que afasta muitos do mundo dos investimentos não é a falta de vontade, mas a forma como o tema é apresentado. É necessário abandonar a linguagem excessivamente técnica para incluir perfis que, embora tenham capital e interesse, ainda não se veem como investidores.

É fundamental que o empresário enxergue o investimento como parte integrante do crescimento do seu negócio, e não como um risco isolado. Com a orientação correta e estratégias adequadas, é possível superar os erros financeiros que travam a expansão e transformar o potencial dos pequenos negócios no Brasil.

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Por Juciel Oliveira

fundador e CEO da Monteo Investimentos, especialista em estratégias de alavancagem patrimonial, criador e host do Receita de Sucesso Podcast, autor do livro Receita de Sucesso: Os Pilares dos Empresários Bem-Sucedidos, especialista em formação e liderança de times de vendas de alta performance

Artigo de opinião

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