Celular na sala de aula: desafios da desconexão e caminhos para um uso consciente
Entenda por que proibir o celular não basta e como educadores e famílias podem ajudar jovens a equilibrar tecnologia e aprendizado
Com a entrada em vigor da Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas brasileiras, muitas instituições têm buscado controlar o acesso dos alunos a esses dispositivos durante as aulas. No entanto, mesmo com essa medida, a dificuldade dos jovens em se desconectar permanece um desafio significativo, impactando diretamente o processo de aprendizagem.
De acordo com Bruno Alvarez, head de Ensino de Inovações da Geekie, a hiperconectividade cria um ambiente repleto de estímulos constantes, que liberam dopamina no cérebro e reforçam a busca por gratificação imediata. “O celular se tornou uma fonte de estímulos e recompensas, trazendo um ritmo acelerado de informações”, explica Alvarez. Além disso, o fenômeno conhecido como Fomo (Fear Of Missing Out), ou medo de ficar de fora, faz com que os estudantes sintam a necessidade de checar suas telas repetidamente.
Esse cenário gera uma sobrecarga cognitiva que pode levar à fadiga mental, prejudicando a concentração, a retenção de informações e o desempenho escolar. “Quando a tecnologia é usada majoritariamente para fins de lazer e não para aprender, os prejuízos à concentração, à retenção de informações, à formação de memórias duradouras, à profundidade de compreensão e ao desempenho escolar são muito elevados”, alerta o especialista.
Apesar dos desafios, já é possível observar efeitos positivos da nova legislação, como melhorias no foco dos estudantes, aumento das interações presenciais e redução de casos de cyberbullying. Ainda assim, Alvarez destaca que o simples ato de proibir o uso do celular não é suficiente. É fundamental promover o letramento digital, ensinando os jovens a entenderem como a tecnologia influencia sua atenção e a desenvolverem habilidades de autorregulação.
O papel dos educadores é guiar os alunos para um uso mais consciente e produtivo dos dispositivos, estimulando a análise crítica do conteúdo e do tempo gasto em frente às telas. Paralelamente, o envolvimento das famílias é essencial para estabelecer limites e incentivar momentos offline que favoreçam o bem-estar e a interação social.
Para ajudar nessa jornada, algumas dicas práticas podem ser adotadas: desativar notificações de apps não essenciais durante o período escolar, colocar o celular em modo avião ou “não perturbe” e guardá-lo em local menos acessível, monitorar o tempo de uso e estabelecer limites diários, identificar gatilhos que levam ao uso excessivo e buscar alternativas saudáveis, além de reservar períodos de “desintoxicação digital” em casa.
“Restringir o uso dos celulares nas escolas não basta; a desconexão é um desafio que exige um esforço consciente e estratégias inteligentes, por isso, todo o ecossistema de ensino precisa se unir para promover uma relação cada vez mais equilibrada e saudável dos estudantes com a tecnologia”, conclui Bruno Alvarez.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Geekie, reforçando a importância de um olhar integrado para o uso da tecnologia na educação e o papel conjunto de escolas e famílias para o desenvolvimento saudável dos jovens.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA