Cefaleia e Saúde Bucal: Entenda a Relação e Como Tratar Corretamente

Descubra como dores na mandíbula podem causar cefaleias e quais são os tratamentos indicados para aliviar o problema

A cefaleia, conhecida popularmente como dor de cabeça, é uma condição que afeta grande parte da população brasileira. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, cerca de 140 milhões de pessoas no país convivem com esse problema em algum momento da vida, sendo que 99% das mulheres e 94% dos homens já tiveram ou terão pelo menos um episódio de cefaleia. Embora muitas vezes associada ao estresse, cansaço ou causas neurológicas, a dor de cabeça também pode estar relacionada à saúde bucal, especialmente quando há disfunção na articulação temporomandibular (DTM).

De acordo com o cirurgião-dentista Dr. Alain Haggiag, membro da Câmara Técnica de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a cefaleia causada por DTM geralmente se manifesta nas têmporas, mandíbula, músculos da mastigação, pescoço ou ao redor dos ouvidos. Essa dor costuma ser do tipo pressão, peso ou tensão, podendo piorar durante a mastigação, fala prolongada, bocejo ou apertamento dentário. Sintomas como estalos na mandíbula, travamentos ao abrir ou fechar a boca e sensibilidade muscular ajudam a diferenciar esse tipo de cefaleia de outras, como enxaquecas neurológicas.

O diagnóstico odontológico é fundamental para identificar a origem da dor. O especialista em Dor Orofacial realiza exame clínico detalhado, palpação muscular, avaliação da função mandibular e articular, além de exames complementares como eletromiografia e questionários específicos. A análise dos hábitos parafuncionais, como apertar ou ranger os dentes, mascar chiclete e roer unhas, é essencial, pois são fatores que sobrecarregam músculos e articulações da face. O tratamento de infecções dentárias e periodontais também é crucial para o controle da dor orofacial.

A conexão entre dor bucal e cefaleia ocorre porque o sistema estomatognático — que inclui músculos, articulações e estruturas orais — está ligado às regiões da cabeça e pescoço pelo nervo trigêmeo. Assim, dores originadas na boca podem ser percebidas como dor de cabeça. Além disso, a tensão muscular crônica decorrente da DTM pode desencadear ou agravar cefaleias.

Pacientes com cefaleia frequentemente relatam dificuldades na concentração, alterações de humor, queda na produtividade e problemas no sono, além de impacto na mastigação. O uso contínuo de medicamentos e o desconforto podem afetar a saúde emocional, contribuindo para ansiedade e depressão.

O tratamento indicado é conservador e não invasivo, focando na redução da sobrecarga muscular e articular, controle das afecções bucais e melhora do sono. Aparelhos intraorais para bruxismo e distúrbios do sono, fisioterapia orofacial, acupuntura, orientações posturais e mudanças comportamentais são algumas das terapias recomendadas. Medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ser usados para dor aguda e inflamações.

Enquanto as cefaleias primárias costumam ser crônicas e requerem controle contínuo, as secundárias relacionadas à hiperatividade muscular orofacial têm bom prognóstico e podem ser resolvidas com tratamento adequado. A atuação multidisciplinar precoce, envolvendo dentista, fisioterapeuta e, quando necessário, psicólogo ou médico, aumenta as chances de sucesso e melhora a qualidade de vida do paciente.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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