Axé e tradição: 20 anos do jongo como Patrimônio Imaterial do Brasil celebrados com grandes encontros

Dois eventos especiais em julho e agosto homenageiam o jongo, dança afro-brasileira que inspirou o samba carioca

Em 2025, o jongo completa 20 anos desde seu reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para celebrar essa data tão significativa, lideranças das comunidades jongueiras organizaram um calendário especial de eventos que destacam a importância cultural e histórica dessa dança afro-brasileira, considerada uma das raízes do samba carioca. As informações são da assessoria de imprensa.

O jongo, também conhecido como caxambu, tem suas origens nas tradições trazidas da Angola pelos negros escravizados da nação Bantu, que trabalhavam nas fazendas de café do Vale do Rio Paraíba. A dança de roda, com seu gingado marcante, foi preservada ao longo dos séculos, atravessando a abolição da escravatura e se espalhando pelas comunidades do Rio de Janeiro, especialmente nas favelas onde nasceram as escolas de samba. No Vale do Café, o jongo mantém sua essência original, sendo guardado por quilombos e famílias tradicionais.

A programação comemorativa começa no dia 26 de julho, com o 4º Encontro de Jongos do Vale do Café, no Parque das Ruínas de Pinheiral, local histórico onde o jongo nasceu. O evento reunirá cerca de 400 lideranças e mestres de mais de 18 comunidades e quilombos dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A data foi escolhida por coincidir com o Dia Estadual do Jongo e o Dia de Sant’Ana, padroeira da dança e música afro-brasileira, sincretizada com as pretas-velhas. Na véspera, acontece a tradicional Procissão de Sant’Ana, que reforça a ligação espiritual e cultural da comunidade com a dança.

Além disso, o Parque das Ruínas, antiga sede da Fazenda São José dos Pinheiros, é hoje gerido pelas mestras do Jongo de Pinheiral, lideradas por Mestra Fatinha do Jongo. Elas planejam a instalação de um Parque Temático que contará com museu a céu aberto, escola de jongo, biblioteca afro, centro turístico e restaurante de culinária étnica, fortalecendo a preservação e valorização da cultura negra local. Esse projeto faz parte do Circuito Afro do Vale do Café, que visa atrair turismo e promover a sustentabilidade das comunidades quilombolas.

Em agosto, entre os dias 14 e 16, durante a Semana do Patrimônio Histórico Nacional, a Praça Tiradentes, no Centro do Rio, será palco do Encontro de Jongueiros. O espaço será transformado em um grande quilombo urbano, com rodas de jongo, shows de samba, oficinas, seminário no Teatro Carlos Gomes, exposição fotográfica e o lançamento do Museu do Jongo — um portal digital com mais de 5 mil fotos e vídeos sobre as comunidades jongueiras. Também serão exibidos dois curtas-metragens dirigidos por Marcos André, que retratam a história e os mestres do jongo.

Esses eventos contam com o apoio de diversas instituições, como a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio, a Prefeitura do Rio, o Ministério da Cultura, o Iphan, além de parcerias locais e regionais. A celebração dos 20 anos do jongo como Patrimônio Imaterial do Brasil é uma oportunidade única para reconhecer a riqueza da cultura afro-brasileira e sua influência na identidade nacional, especialmente para o público feminino que valoriza tradições, arte e história.

O Afina Menina convida você a se conectar com essa festa de resistência, cultura e beleza, celebrando o jongo e suas mestras que mantêm viva essa tradição ancestral. Axé!

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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