Julho Amarelo: A importância da prevenção e do diagnóstico precoce das hepatites virais
Conheça os riscos das hepatites silenciosas e como a testagem pode salvar vidas neste mês de conscientização
Julho é o mês dedicado à conscientização sobre as hepatites virais, doenças silenciosas que podem causar sérios danos ao fígado e evoluir para complicações graves como cirrose, falência hepática e câncer. A campanha Julho Amarelo tem como objetivo principal alertar a população sobre os riscos dessas doenças, incentivar a testagem e promover ações de prevenção, como a vacinação.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 700 mil brasileiros vivem com hepatite C, e cerca de 70% dessas pessoas desconhecem a infecção. As hepatites B e C são as mais preocupantes devido ao seu alto potencial de cronificação e evolução sem sintomas aparentes.
O Dr. Raphael Gomes, médico gastroenterologista e professor do Centro Universitário UniRedentor, do grupo Afya Educação Médica, explica que “na maioria das vezes, ela não dá sinais imediatos. Muitos pacientes só descobrem quando a função do fígado já está comprometida”. Ele alerta que sintomas como cansaço, pele amarelada (icterícia), urina escura e dor abdominal indicam que o fígado pode estar bastante comprometido.
O diagnóstico precoce é decisivo para a recuperação. Conforme o especialista, “a hepatite tem tratamento e, em muitos casos, pode ser curada, desde que o diagnóstico ocorra a tempo. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores são as chances de evitar danos graves ao fígado”.
As hepatites virais são classificadas em cinco tipos principais: A, B, C, D e E, cada uma com formas de transmissão e prevenção específicas. A hepatite A e E são transmitidas por água e alimentos contaminados, sendo prevenidas por higiene adequada e saneamento. A hepatite B é sexualmente transmissível e pode ser evitada por vacina, disponível gratuitamente pelo SUS. A hepatite C é transmitida principalmente pelo sangue contaminado e, embora não tenha vacina, é altamente curável com medicamentos do SUS. A hepatite D só afeta pessoas com hepatite B, sendo prevenível pela vacinação contra o tipo B.
O Sistema Único de Saúde oferece testes rápidos gratuitos para hepatites B e C, sem necessidade de agendamento, em unidades básicas de saúde. Grupos de risco, como pessoas que receberam transfusões antes de 1993, usuários de drogas injetáveis, portadores de HIV, gestantes, profissionais de saúde e pessoas em situação de vulnerabilidade social, devem ficar especialmente atentos à testagem.
Além da testagem, a vacinação contra hepatites A e B é uma das formas mais eficazes de prevenção. O uso de preservativos, o não compartilhamento de objetos cortantes e cuidados em procedimentos estéticos e odontológicos também são essenciais para evitar a infecção.
A mensagem do Julho Amarelo é clara: “informar, prevenir, testar e tratar. Vivemos um momento em que o conhecimento está ao nosso alcance, e isso pode salvar vidas. Hepatite tem cura, tem tratamento, e o diagnóstico precoce faz toda a diferença. Não espere os sintomas aparecerem. Faça o teste e incentive outras pessoas a fazerem o mesmo”, finaliza o Dr. Raphael Gomes.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Afya Educação Médica, reforçando a importância da conscientização e cuidados para a saúde do fígado.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA