78% dos brasileiros pulam anúncios: o que isso revela sobre a publicidade hoje
Pesquisa mostra que consumidores estão cada vez mais seletivos e exigem criatividade e relevância nas propagandas
Uma pesquisa recente realizada pelo instituto Hibou revelou que 78% dos brasileiros evitam propagandas sempre que possível, especialmente em vídeos online. O levantamento, feito com 1.304 pessoas em todo o país, mostra que o público está cada vez mais impaciente e seletivo diante da comunicação publicitária, buscando mensagens que entreguem valor real e evitem interrupções invasivas.
Segundo o estudo, a rejeição a anúncios em vídeo é imediata: a maioria pula a propaganda assim que pode, enquanto apenas 8% assistem até o fim se o anúncio for curto. Além disso, 4% utilizam bloqueadores de anúncios para evitar qualquer interrupção. Mesmo com a possibilidade de pagar por serviços de streaming sem publicidade, 35% dos entrevistados não pagam por nenhum, o que reforça a resistência a esse formato.
A atenção a anúncios longos, com mais de 30 segundos, é rara — apenas 5% prestam atenção sempre, e 39% raramente ou nunca o fazem. Quando um anúncio consegue captar o interesse, as reações variam: 24% buscam o site da marca, 21% visitam as redes sociais, e 19% clicam para saber mais. Porém, 15% afirmam que isso não acontece com eles.
O que mais incomoda os consumidores são as propagandas repetidas (74%), o apelo emocional exagerado (63%) e as interrupções de conteúdo (58%). Mensagens sem clareza também irritam 45% dos entrevistados, enquanto 34% rejeitam piadas forçadas ou comunicações que tentam impor um ponto de vista. Na TV, o comportamento reflete essa desatenção: 42% pegam o celular durante os intervalos comerciais, 15% mudam de canal e 14% saem da sala.
Apesar do ceticismo, 59% consideram eficaz a publicidade direcionada, principalmente quando veiculada por marcas conhecidas ou em canais de venda. A aceitação aumenta quando o anúncio não interrompe a atividade do consumidor, algo valorizado por 78%. Além disso, 61% preferem receber recomendações baseadas no histórico de compras, e 40% acreditam que anúncios criativos são mais eficientes.
A pesquisa também abordou a publicidade em marketplaces e aplicativos multifuncionais. Em plataformas como Amazon e Mercado Livre, 34% dos consumidores reconhecem que os anúncios ajudam a descobrir novos produtos, enquanto 41% buscam apenas o que desejam comprar. Nos chamados super apps, opiniões se dividem: 25% não se incomodam com as ofertas, mas 28% não gostam da quantidade de anúncios não relacionados.
Ligia Mello, CSO da Hibou, resume o cenário: “Estamos diante de um consumidor cansado que está cada vez mais exigente e seletivo. Não há mais espaço para comunicação genérica ou invasiva. O que funciona hoje são mensagens que entregam valor real, com criatividade, utilidade e clareza.” Ela ainda destaca que “a propaganda eficaz precisa se tornar parte da experiência, e não um obstáculo.”
Com dados da assessoria de imprensa, este estudo reforça a necessidade de marcas e anunciantes repensarem suas estratégias para conquistar a atenção do público feminino e geral, oferecendo conteúdos relevantes, criativos e respeitosos ao tempo e ao momento do consumidor. Afinal, a comunicação que respeita e compreende o público será naturalmente mais valorizada.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA