Alerta para o retorno de doenças infectocontagiosas: a importância da vacinação infantil

Dados recentes do Anuário VacinaBR 2025, elaborado pelo Instituto Questão de Ciência (IQC) com apoio da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e parceria do UNICEF, revelam que a cobertura vacinal infantil no Brasil ainda não retornou aos níveis pré-pandemia. Esse cenário preocupa especialistas, que apontam a disseminação de fake news e a baixa percepção de risco dos pais como fatores que contribuem para essa estagnação.

O Prof. Dr. Marco Aurélio Sáfadi, infectologista e pediatra do Sabará Hospital Infantil, destaca que “boa parte da população desconhece os riscos e as sequelas de doenças como a poliomielite e, por isso, acredita que elas não podem mais voltar. Mas essa é uma falsa sensação de segurança — o risco de reintrodução dessas doenças já é real”.

Um exemplo alarmante é o sarampo, que voltou a se espalhar em várias regiões do mundo, inclusive no Brasil. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), até junho de 2025 foram confirmados 7.132 casos de sarampo e 13 mortes na Região das Américas, um aumento de 29 vezes em relação ao mesmo período de 2024. No Brasil, cinco casos foram registrados, incluindo bebês menores de 8 meses ainda não vacinados.

Com o aumento das viagens durante as férias escolares, o risco de exposição ao vírus cresce, especialmente entre crianças não imunizadas. O Dr. Marco Aurélio alerta que “uma em cada cinco crianças que contraem sarampo pode precisar de hospitalização. Em bebês menores de 1 ano, o risco pode ser ainda maior, especialmente se forem desnutridos ou não vacinados. É uma doença altamente contagiosa, que pode levar a complicações graves como pneumonia, diarreia, encefalite e em determinadas situações até mesmo à morte”.

Para reforçar a prevenção, o Sabará Hospital Infantil realizou um simulado no Pronto-Socorro focado na identificação rápida, isolamento adequado e cuidado seguro de casos infectocontagiosos. O gerente do PS, Dr. Thales Araújo, afirma que a capacitação das equipes é fundamental para proteger pacientes, familiares e profissionais de saúde.

A atualização da carteira de vacinação é essencial para garantir a proteção das crianças. No estado de São Paulo, recomenda-se uma dose da vacina contra o sarampo a partir dos 6 meses, seguida de duas doses após 1 ano de idade, com intervalo mínimo de 1 mês entre elas. “Com esse esquema conseguimos oferecer uma excelente proteção, com redução significativa do risco de ocorrência do sarampo caso a pessoa seja exposta ao vírus”, explica o Dr. Marco Aurélio.

A boa notícia é que, no segundo semestre de 2025, houve avanço na cobertura vacinal infantil, com aumento nas aplicações contra sarampo, febre amarela, poliomielite, meningite e a vacina pentavalente. O especialista reforça que “é fundamental manter a carteira de vacinação atualizada. Como as vacinas levam um tempo para garantir proteção total, é importante se vacinar com antecedência — por exemplo, a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, deve ser aplicada pelo menos 15 dias antes de uma viagem”.

O Sabará Hospital Infantil, com mais de 60 anos de atuação e referência em saúde infantojuvenil, reafirma seu compromisso com a prevenção e o cuidado especializado, promovendo um futuro mais saudável para as crianças brasileiras.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Sabará Hospital Infantil.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

Matérias Relacionadas:

Fundação José Luiz Setúbal investe R$ 1 bilhão para revolucionar a saúde infantil no Brasil até 2040 Queda na cobertura vacinal infantil completa preocupa no Brasil há 10 anos Férias escolares: dicas para manter a alimentação infantil saudável e equilibrada Inverno e saúde do coração: cuidados essenciais para prevenir doenças cardíacas na estação fria