Solidão na terceira idade: um desafio urgente para a saúde pública no Brasil

Estudos revelam que o isolamento afeta a saúde mental e física dos idosos, exigindo atenção de famílias e políticas públicas

A solidão entre idosos tem se destacado como um grave problema de saúde pública no Brasil, segundo dados recentes divulgados por estudos nacionais e internacionais. Pesquisas apontam que uma parcela significativa da população idosa enfrenta sentimentos profundos de isolamento, que vão além da simples ausência de companhia, afetando diretamente sua saúde mental e física.

De acordo com um estudo publicado em maio de 2025 no Cadernos de Saúde Pública, realizado pela Fiocruz e Unifesp, todos os idosos entrevistados relataram algum tipo de sofrimento psíquico, como depressão, ansiedade, angústia, medo ou pensamentos de morte. A maioria se sente invisível, isolada e até mesmo como um fardo para seus familiares. A psiquiatra Danielle Admoni, da Unifesp, destaca que “a solidão é mais do que ausência de companhia. É a sensação de não pertencer, de não ser ouvido, de não fazer falta”.

Outro levantamento importante, o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil), da Unicamp, divulgado em 2023, revelou que 16,8% dos idosos sentem solidão frequente, enquanto 31,7% relatam se sentir sozinhos às vezes. O estudo, que contou com quase 8 mil participantes, mostrou que idosos que experimentam esse sentimento têm até quatro vezes mais chances de desenvolver sintomas depressivos.

A terceira idade é marcada por perdas significativas, como a morte de entes queridos e o declínio da saúde física, o que pode agravar o quadro emocional. “Sabemos que ter pessoas em volta, amigos, família, melhora muito esses indicadores de bem-estar psicológico, por isso é importante não deixar os idosos sozinhos”, reforça Danielle Admoni.

Além dos impactos emocionais, a solidão prolongada pode prejudicar a saúde física. Pesquisas internacionais publicadas em 2024 nas revistas Nature Mental Health e eClinicalMedicine indicam que o isolamento crônico pode aumentar em até 56% o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e em até 40% o risco de demência.

Para enfrentar esse cenário, especialistas recomendam a participação dos idosos em grupos de convivência, atividades culturais e comunitárias, além do fortalecimento das redes de apoio familiar e social. O acesso a profissionais capacitados para oferecer escuta ativa também é fundamental. “É importante que o idoso tenha uma vida ativa, pratique atividade física, tenha uma boa rotina de sono e alimentação saudável. Mas o principal fator de proteção é a convivência com outras pessoas”, conclui a psiquiatra.

A partir desses dados, fica claro que a solidão entre idosos é um problema multifacetado que exige a mobilização de famílias, profissionais de saúde e gestores públicos para a criação de políticas estruturadas que promovam a integração social e o cuidado contínuo. Cuidar da saúde mental e emocional dos idosos é essencial para garantir uma velhice digna, ativa e feliz.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa e estudos científicos recentes.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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