Segundo semestre de 2025: um convite à cautela, reavaliações e decisões conscientes

Movimentos retrógrados e eclipses indicam um período de ajustes profundos e maturidade nas escolhas pessoais e coletivas

O segundo semestre de 2025 não promete respostas rápidas, nem atalhos. Ao contrário: os principais movimentos do céu astrológico cobram paciência, responsabilidade e capacidade de encarar verdades desconfortáveis. Entre julho e novembro, quatro planetas entram em movimento retrógrado, enquanto outros retomam seu curso direto, redesenhando os caminhos e testando escolhas. Esse é um semestre para não fingir que está tudo bem quando não está. O céu está chamando para uma conversa séria.

O ciclo começa com Saturno retrógrado em Áries no dia 13 de julho. Um freio em planos impulsivos e uma cobrança sobre ações mal pensadas. Essa é uma chamada à responsabilidade individual. O que você está fazendo com o seu tempo? Essa é a pergunta que Saturno em Áries nos faz encarar.

Dias depois, Mercúrio inicia sua retrogradação em Leão, entre 18 de julho e 11 de agosto. Nesse período, o ego entra em revisão. Expectativas exageradas e narrativas pessoais podem precisar de revisão. É um tempo para repensar como nos comunicamos e qual espaço ocupamos nos palcos da vida.

A partir de setembro, Saturno retorna a Peixes, seu último signo antes de encerrar o ciclo. A volta do planeta ao signo das águas profundas marca um reencontro com pendências emocionais. Saturno em Peixes nos obriga a encarar o que a gente costuma varrer para debaixo do tapete: ilusões, escapismos, zonas de conforto emocionais.

O mês ainda guarda um eclipse lunar total em Peixes no dia 7, com a Lua Cheia. Um ápice emocional que pode revelar o que vinha sendo negado ou adiado, especialmente no campo afetivo ou espiritual. No mesmo fim de semana, Urano inicia sua retrogradação em Gêmeos, tensionando ideias fixas e obrigando uma atualização nas formas de pensar.

O dia 22 de setembro marca dois ingressos importantes: Marte entra em Escorpião, aumentando a intensidade dos conflitos e o desejo de transformação, e o Sol inicia seu percurso por Libra, sinalizando o Equinócio de Primavera no hemisfério sul. É um ponto de equilíbrio que pode ser mais simbólico do que estável. O céu não está leve. Mas estará honesto.

Entre outubro e novembro, o céu começa a soltar os freios aos poucos. Plutão retoma o movimento direto em Aquário no dia 13 de outubro. Netuno volta para Peixes no dia 22, e Urano retorna para Touro no início de novembro. Os temas que pareciam parados, especialmente os ligados a transformações coletivas, economia, território e pertencimento, voltam à pauta. No Brasil, esse período coincide com debates sobre reforma tributária, mobilizações por políticas climáticas e tensões no Congresso, especialmente enquanto se desenham os cenários eleitorais federais de 2026 e o planejamento dos cronogramas municipais de 2028. É um céu que tende a pressionar por decisões mais ousadas, mas que também pode acirrar tensões quando falta clareza sobre o rumo coletivo.

Ainda assim, novembro é um mês de tensão comunicativa: Mercúrio entra em retrogradação em Sagitário no dia 9 e só retoma seu curso no fim do mês, dia 29. Entre esses dois pontos, Júpiter também retrograda em Câncer no dia 11. O céu sugere prudência com promessas e com expansões exageradas, principalmente nas relações pessoais e familiares.

O ciclo de Saturno retrógrado se encerra no dia 28 de novembro. No dia seguinte, Mercúrio também volta ao movimento direto. Esses encerramentos sinalizam um novo ritmo para dezembro. Não é um céu para grandes revoluções, mas para virar a página com consciência. Quem fingir que não viu, vai ter que repetir a lição lá na frente.

G

Por Gabu Camacho

astrólogo, jornalista e escritor

Artigo de opinião

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