Sudeste e Sul lideram prevalência de câncer de boca, laringe e tireoide no Brasil

Dados do GBCP revelam disparidades regionais e reforçam a importância da prevenção e diagnóstico precoce

De acordo com dados recentes do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), as regiões Sudeste e Sul do Brasil apresentam as maiores prevalências de câncer de boca, laringe e tireoide. Essa informação, baseada em dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para 2025, destaca a importância de políticas de saúde focadas na prevenção e no diagnóstico precoce dessas doenças.

O câncer de cabeça e pescoço pode se desenvolver em mais de trinta áreas diferentes, incluindo cavidade oral, seios da face, faringe, laringe, glândulas salivares e tireoide. Estima-se que o Brasil terá cerca de 41 mil novos casos em 2025. Entre os tumores mais comuns, destacam-se os de cavidade oral e laringe em homens, e tireoide em mulheres.

As menores taxas de diagnóstico são registradas na região Norte, com uma prevalência de 4,53 casos de câncer de cavidade oral para cada 100 mil habitantes, valor três vezes menor que o do Sudeste, que registra 13,16 casos para a mesma população. Essa discrepância reflete, principalmente, a dificuldade de acesso ao diagnóstico e atendimento médico e odontológico na região Norte.

No caso do câncer de tireoide, o Sudeste lidera com 16,53 casos para cada 100 mil mulheres, seguido pelo Nordeste e Centro-Oeste. Para o câncer de laringe, as regiões Sul e Sudeste apresentam as maiores prevalências, com números próximos para homens (7,37 e 7,36) e mulheres (1,15 e 1,31).

Apesar de o câncer de cabeça e pescoço ser visível, 80% dos casos são descobertos em fase avançada. Isso dificulta o controle da doença, reduz a qualidade de vida dos pacientes e aumenta a complexidade do tratamento. Segundo a oncologista Milena Mak, presidente do GBCP, o diagnóstico tardio “resulta em menor chance de controle da doença, pior qualidade de vida para o paciente, maiores taxas de morbidade e mortalidade, necessidade de cirurgias mais extensas, maior complexidade de outras modalidades de tratamento e maior demanda por reconstrução facial, assim como mais desafios na reabilitação do paciente”.

Os principais sinais de alerta incluem feridas na boca que não cicatrizam, dor persistente, nódulos ou espessamentos na bochecha, áreas avermelhadas ou esbranquiçadas na boca, irritação na garganta, dificuldade para mastigar ou engolir, mudanças na voz, entre outros. A persistência desses sintomas por mais de três semanas deve motivar uma consulta médica ou odontológica para avaliação.

A campanha “Cultive prevenção, colha vida”, promovida pelo GBCP durante o Julho Verde, reforça a importância de hábitos saudáveis para reduzir o risco de câncer de cabeça e pescoço. Entre as medidas recomendadas estão evitar o tabaco e bebidas alcoólicas, vacinar-se contra o HPV, manter a higiene bucal, proteger-se do sol e usar preservativos nas relações sexuais. Cerca de 40% dos casos poderiam ser evitados com essas escolhas conscientes.

O GBCP atua em todo o ciclo de cuidado do câncer de cabeça e pescoço no Brasil, promovendo conscientização, apoio a pacientes e pesquisas científicas. Para mais informações e materiais da campanha, acesse www.gbcp.org.br.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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