Saúde mental na gravidez, parto e puerpério: desvendando mitos e verdades essenciais
Entenda como cuidar das emoções nesse período delicado e por que o apoio psicológico é fundamental
A gravidez, o parto e o puerpério são fases marcantes e transformadoras na vida da mulher, mas ainda carregam muitos mitos que dificultam o reconhecimento e o cuidado da saúde mental nesse período. Dados da assessoria de imprensa destacam que frases comuns, como “gravidez não é doença” ou “depois melhora”, apesar de bem-intencionadas, podem aprofundar a culpa e o sofrimento materno.
A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, referência nacional e fundadora do Instituto MaterOnline, esclarece que o período gestacional e pós-parto é um dos mais vulneráveis para a saúde emocional da mulher. Ela explica que o “baby blues” — tristeza passageira após o parto — é diferente da depressão perinatal, que afeta até 1 em cada 4 mulheres e requer atenção profissional, especialmente quando os sintomas persistem ou prejudicam o vínculo com o bebê.
Cuidar da saúde mental durante a gestação não é apenas importante para a mãe, mas também para o desenvolvimento do bebê, já que altos níveis de estresse e ansiedade podem impactar negativamente a criança ainda na barriga. Além disso, o apoio psicológico favorece a amamentação e o fortalecimento do vínculo familiar.
Outro ponto importante destacado por Rafaela é que a psicologia perinatal não se restringe a casos de depressão. Essa área atua de forma preventiva, ajudando mulheres e suas famílias a enfrentarem inseguranças, medos do parto, dificuldades na amamentação, exaustão e até crises no relacionamento. O puerpério, muitas vezes romantizado, é na verdade um período delicado e de alto risco para transtornos mentais, reforçando a necessidade de apoio especializado.
Contrariando outro mito, o cuidado psicológico não é necessário apenas para mulheres que passaram por parto traumático ou perdas. Mesmo gestações planejadas e partos tranquilos podem gerar sentimentos de culpa, sobrecarga e distanciamento emocional, que merecem acolhimento sem julgamentos.
A boa notícia é que a psicologia perinatal já está presente no Sistema Único de Saúde (SUS), garantida por lei (Lei 14.721/2023), com atendimento gratuito em muitas unidades de saúde, clínicas-escola e projetos sociais. Buscar ajuda nesse momento é um ato de coragem e cuidado, e não sinal de fraqueza.
Por fim, Rafaela destaca que o suporte psicológico não é exclusivo para a mulher grávida, mas também para toda a rede de apoio — companheiros, familiares e cuidadores — pois a chegada do bebê transforma a vida de todos e o acolhimento coletivo potencializa os benefícios emocionais.
Entender e desmistificar esses pontos é fundamental para promover uma maternidade mais saudável, real e acolhedora, valorizando o cuidado emocional em todas as suas fases.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA