Os Perigos dos Alisantes com Formol e a Necessidade de Profissionais Atualizados

O uso irregular de formol em alisamentos capilares representa riscos graves à saúde e exige conscientização e qualificação dos profissionais da beleza.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta recente sobre os riscos à saúde causados por alisantes capilares que contêm formol. Esses produtos, que não possuem autorização ou perfil de segurança adequado, são amplamente utilizados de forma irregular e podem causar sérios danos à saúde.

No Brasil, o uso de formol em alisantes é proibido por lei desde 2009, mas muitos profissionais e salões continuam utilizando substâncias não autorizadas, atraídos pela promessa de alisamento imediato e baixo custo. Essa prática representa um risco tanto para os clientes quanto para os profissionais que manipulam esses produtos.

Quando se utiliza um produto com formol, o paciente está sujeito a diversos problemas, como queimaduras no couro cabeludo, dermatites, oleosidade excessiva, queda contínua e afinamento capilar. Além disso, o cabelo torna-se mais frágil, e o uso frequente exige retoques constantes, agravando ainda mais as alterações dos fios.

O setor da beleza vive um momento de transição, e os profissionais precisam se adaptar, buscar formação e se habilitar para atender à nova demanda por técnicas de alisamento mais seguras e éticas. Quem já atua com químicas capilares deve se atualizar para garantir a saúde dos cabelos e a segurança dos clientes.

Dentro da Terapia Capilar, é possível criar planos de tratamento personalizados que cuidam da saúde dos fios durante a transição de técnicas, trazendo segurança para o profissional e tranquilidade para as clientes. Além disso, o diálogo transparente entre cliente e profissional sobre os produtos utilizados é fundamental. O consumidor tem o direito de saber quais substâncias serão aplicadas, especialmente se já utiliza colorações, descolorações ou outras químicas. O ideal é que o salão mantenha uma ficha de anamnese completa para cada cliente.

A Anvisa, por meio da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 409, estabelece regras claras para a regularização de produtos cosméticos destinados ao alisamento ou ondulação dos cabelos. Somente ativos listados na Instrução Normativa nº 64 são permitidos, como ácido tioglicólico e seus sais, ésteres do ácido tioglicólico, hidróxido de sódio, potássio, lítio, cálcio, sulfitos e bissulfitos inorgânicos. Produtos que contenham formol ou ácido glioxílico não constam nessa lista e não devem ser utilizados para alisamento.

É imprescindível que o mercado da beleza se comprometa com a segurança e a saúde dos consumidores, abandonando práticas ilegais e perigosas. A atualização profissional e o uso de técnicas aprovadas são caminhos essenciais para garantir resultados eficazes sem colocar em risco a integridade física dos clientes.

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Por Bruna Sudário

Jornalista – MT 21153/MG; Especialista em Gestão da Marca e Reputação Corporativa pela FGV; Fellow ID_BR 2024 – Instituto Identidades do Brasil

Artigo de opinião

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