Inclusão e respeito: o avanço da medicina diagnóstica para pessoas trans e não binárias

Cinco anos após diretrizes pioneiras, laboratórios clínicos renovam compromisso com o cuidado inclusivo e ético

No dia 28 de junho, celebra-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, uma data que relembra a Rebelião de Stonewall, marco histórico na luta pelos direitos civis da população LGBTQIA+. Mais de cinco décadas depois, a busca por equidade segue exigindo ações concretas, inclusive no campo da medicina diagnóstica.

Os laboratórios clínicos, frequentemente a porta de entrada para o cuidado em saúde, têm um papel fundamental na acolhida e atendimento das pessoas trans e não binárias. Segundo a médica patologista clínica Luiziane Maria Falci Vieira, coordenadora do documento “Medicina Diagnóstica Inclusiva: cuidando de pacientes transgênero”, lançado em 2019, é urgente que esses espaços atuem com competência técnica e respeito ético.

O documento pioneiro trouxe avanços importantes, como a adoção do nome social nos sistemas laboratoriais, a revisão de protocolos baseados no binarismo de gênero e a avaliação crítica dos exames hormonais, com intervalos de referência adequados à realidade das pessoas trans em terapia hormonal. “O paciente não pode ser reduzido a categorias fixas de masculino e feminino. O cuidado precisa ser personalizado, centrado na pessoa, e livre de discriminação”, destaca a Dra. Luiziane.

Agora, cinco anos depois, o documento está em processo de revisão para incorporar avanços clínicos e técnicos recentes. Entre as atualizações estão diretrizes aprimoradas para acompanhamento hormonal e rastreamento de cânceres em pessoas trans, melhorias nos sistemas de informação laboratorial que permitem distinguir claramente sexo legal, sexo biológico e nome social, além da atualização da linguagem institucional para uma comunicação mais respeitosa e inclusiva.

A revisão também integra normas de qualidade, como a ISO 15189:2022 e os critérios do Programa de Acreditação PALC, que exigem políticas formais de inclusão. Para Luiziane, a inclusão não é um favor, mas um critério de qualidade essencial. “Um laboratório que ignora as especificidades de pessoas trans está vulnerável a erros diagnósticos e violações éticas.”

Além das atualizações técnicas, a médica reforça a importância da formação ética e humana de toda a equipe dos laboratórios, incluindo recepcionistas, técnicos de coleta, biomédicos, farmacêuticos e patologistas clínicos. Entre as ações recomendadas estão treinamentos regulares sobre identidade de gênero, materiais específicos sobre terapias hormonais e estratégias visíveis de acolhimento nos ambientes laboratoriais.

“Quando falamos de orgulho LGBTQIAPN+ na medicina diagnóstica, estamos dizendo que toda pessoa merece cuidado com dignidade, segurança e respeito. Isso não é apenas um ideal — é uma obrigação técnica e institucional”, conclui a Dra. Luiziane.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), que reafirma seu compromisso com a equidade, a ciência e os direitos humanos no cuidado à saúde.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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