Cresce número de internações por insuficiência cardíaca no Brasil: entenda a relação com a obesidade

No Dia Nacional da Insuficiência Cardíaca, especialistas alertam para o impacto da obesidade na saúde do coração feminino

No Dia Nacional da Insuficiência Cardíaca, celebrado em 9 de julho, especialistas da Dasa destacam um alerta importante para a saúde pública no Brasil: o aumento das internações por insuficiência cardíaca está diretamente relacionado ao crescimento da obesidade no país. Dados do DataSUS mostram que, entre janeiro e abril de 2025, foram registradas 65.533 internações por insuficiência cardíaca, um aumento de 2,43% em comparação ao mesmo período do ano anterior. As regiões Norte, Sudeste e Nordeste lideram esse crescimento, indicando um cenário preocupante para a saúde cardiovascular da população.

A obesidade, que afeta 31% dos adultos brasileiros, segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, é um fator determinante para o desenvolvimento da Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Preservada (ICFEp). Essa condição ocorre quando o coração mantém a capacidade de bombear sangue, mas tem dificuldade para relaxar e se encher adequadamente, comprometendo a circulação. “O excesso de gordura corporal remodela o coração e seu funcionamento, tornando-o menos eficiente e mais rígido”, explica o cardiologista Marcelo Imbroinise Bittencourt, consultor em cardiogenética da Dasa Genômica.

A obesidade impõe uma sobrecarga ao coração, que precisa trabalhar mais para suprir o corpo com sangue suficiente. Além disso, provoca espessamento e enrijecimento do músculo cardíaco, dificultando seu relaxamento. Três efeitos principais da obesidade sobre o coração são destacados: inflamação crônica, alterações hormonais e metabólicas, e perda de massa muscular, que pode levar à obesidade sarcopênica, agravando o quadro da ICFEp.

Os sintomas da insuficiência cardíaca, como cansaço, falta de ar e inchaço, muitas vezes são confundidos com os efeitos da obesidade, o que dificulta o diagnóstico. “Biomarcadores clássicos podem não se comportar da mesma forma em pacientes obesos”, alerta o Dr. Bittencourt. Por isso, exames avançados como ecocardiograma com strain e ressonância magnética cardíaca são essenciais para identificar disfunções ocultas.

O tratamento da ICFEp em pacientes obesos requer uma abordagem integrada, com foco na perda de peso para aliviar a carga sobre o coração, reduzir a inflamação e melhorar a função diastólica. Entre as estratégias recomendadas estão mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e exercícios físicos supervisionados, além do uso de medicamentos inovadores, como os inibidores de SGLT2, que reduzem internações por insuficiência cardíaca mesmo em pacientes sem diabetes. Medicamentos para perda de peso, como agonistas do GLP-1, e a cirurgia bariátrica em casos graves também são opções eficazes.

Com diagnóstico precoce e tratamentos adequados, é possível reverter o quadro da insuficiência cardíaca associada à obesidade e garantir mais qualidade de vida para a população brasileira. Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa da Dasa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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