Avanços e Desafios na Inclusão das Mulheres na Ciência e Economia dos BRICS

Relatório do BRICS destaca progresso e desigualdades na participação feminina em educação, mercado de trabalho e liderança

Dados recentes da assessoria de imprensa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam avanços importantes e desafios persistentes na inclusão das mulheres nos setores de ciência, inovação e economia nos países do BRICS. O Relatório de Desenvolvimento das Mulheres do BRICS 2025, elaborado pela BRICS Women’s Business Alliance (WBA), foi apresentado durante o Fórum Empresarial do BRICS, no Rio de Janeiro, e traz um panorama detalhado sobre a situação feminina em áreas como educação, saúde, mercado de trabalho, política e liderança empresarial.

Segundo Mônica Monteiro, presidente do Fórum Industrial da Mulher Empresária na CNI e global chairperson da WBA, o crescimento da participação feminina na economia digital e na ciência evidencia que a inclusão de gênero deve ser prioridade nas agendas de inovação. Ela destaca que “investir em políticas que ampliem o acesso feminino a setores estratégicos é não apenas uma questão de justiça social, mas uma decisão inteligente para o desenvolvimento sustentável dos países”.

No campo da educação, o relatório aponta que países como Emirados Árabes Unidos, Rússia e China possuem altas taxas de matrícula no ensino superior, enquanto Etiópia, Índia, África do Sul e Egito ainda enfrentam desafios, com índices inferiores a 40%. O estudo enfatiza a necessidade de fortalecer o apoio político para aumentar a participação feminina nas áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) e garantir acesso a recursos educacionais de qualidade.

Na saúde, houve avanços na redução da mortalidade infantil, mas o relatório alerta para a importância de políticas que atendam às necessidades das mulheres idosas, acompanhando o aumento da expectativa de vida. O Brasil destaca-se com a quarta maior expectativa de vida feminina no bloco, com 78,9 anos, e avanços na saúde materno-infantil, como a redução da transmissão vertical do HIV.

No mercado de trabalho, a participação feminina é significativa em países como China, Etiópia, Rússia e Brasil, mas a disparidade salarial ainda é um desafio. O Brasil ocupa a 118ª posição no ranking global de igualdade salarial, com uma diferença média de 19,4% a menos para mulheres, que chega a 25,2% em cargos de gestão. Políticas como a Lei da Igualdade Salarial e o programa “Emprega+Mulheres” têm começado a mostrar resultados positivos.

A representatividade política feminina varia bastante: Emirados Árabes Unidos, África do Sul e Etiópia apresentam altos índices de mulheres em parlamentos, enquanto o Brasil registra apenas 17,5% de mulheres na Câmara dos Deputados em 2023. Na gestão empresarial, a África do Sul lidera com 34,9% de mulheres em conselhos, e o Brasil tem avanços em cargos de diretoria nas áreas de ciências da vida e saúde.

O relatório também destaca a persistência da lacuna digital de gênero, com posse de smartphones e uso da internet móvel inferiores entre mulheres, reforçando a necessidade de políticas eficazes para a igualdade no ambiente corporativo. Entre as recomendações estão a revisão de currículos com perspectiva de gênero, capacitação de professores, estímulo à entrada de meninas em STEM, criação de bancos de talentos femininos e políticas de mentoria e horários flexíveis.

Essas ações são essenciais para consolidar a igualdade de gênero nos países do BRICS, promovendo o desenvolvimento sustentável e a inclusão econômica das mulheres em setores estratégicos da ciência e inovação.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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