Vape e pulmão de pipoca: os riscos ocultos do cigarro eletrônico para a saúde feminina
Cigarros eletrônicos podem causar danos pulmonares graves e irreversíveis, alerta especialista; entenda os perigos.
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O uso de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, tem crescido entre os jovens e preocupa especialistas devido aos riscos graves à saúde pulmonar. Segundo dados da assessoria de imprensa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, estudos já mostram que usuários diários de vape têm 73% mais chance de relatar asma em comparação a não usuários, além de apresentarem maior risco de bronquite, bronquiolite e outras doenças pulmonares.
Apesar de serem vendidos como uma alternativa mais moderna e menos nociva ao cigarro tradicional, os vapes estão longe de serem seguros. Entre os perigos está a chamada “doença do pulmão de pipoca”, nome popular para a bronquiolite obliterante, uma condição rara e irreversível que causa obstrução dos bronquíolos por inflamação e fibrose. O termo ganhou notoriedade após casos em trabalhadores de fábricas de pipoca de micro-ondas expostos ao diacetil, um aromatizante artificial também encontrado em líquidos de vape, inclusive em produtos legalizados.
Um estudo da Harvard T.H. Chan School of Public Health analisou 51 líquidos de vape e detectou diacetil em mais de 75% deles. A inalação contínua dessa substância pode causar danos significativos aos pulmões. Além disso, compostos como propilenoglicol, glicerina vegetal, metais pesados e nicotina estão presentes em muitos desses produtos, frequentemente sem regulamentação adequada.
O CDC (Centers for Disease Control and Prevention) dos EUA investigou, entre 2019 e 2020, uma epidemia de doenças pulmonares graves associadas ao uso de vapes, conhecida como EVALI. Foram mais de 2.800 casos e 68 mortes confirmadas, principalmente ligadas a líquidos adulterados com acetato de vitamina E.
A pneumologista Dra. Fernanda Baccelli alerta: “A falsa sensação de segurança promovida pelos cigarros eletrônicos é extremamente perigosa. Temos visto pacientes jovens, sem histórico prévio de doenças pulmonares, chegando ao consultório com sintomas de falta de ar persistente, tosse crônica e alterações irreversíveis nos exames de imagem”. Ela reforça que até aromatizantes aparentemente inofensivos podem desencadear reações inflamatórias graves quando inalados repetidamente.
Além do risco de dependência de nicotina, o uso contínuo de vapes prejudica a função pulmonar, aumenta doenças respiratórias e pode levar a condições permanentes. Muitos usuários acabam migrando para o cigarro convencional ou associando ambos, elevando ainda mais os riscos.
A prevenção e a informação são essenciais para proteger a saúde pulmonar, especialmente entre jovens. O Hospital Alemão Oswaldo Cruz enfatiza a importância da educação em saúde baseada em ciência e responsabilidade social, reforçando o compromisso com a promoção da qualidade de vida e o cuidado integral ao paciente. Escolhas conscientes e informadas são fundamentais para preservar a saúde dos pulmões e garantir bem-estar a longo prazo.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA