Qualidade de vida e mercado aquecido impulsionam desligamentos voluntários no trabalho

Entenda como a busca por bem-estar e mudanças no modelo presencial influenciam a rotatividade de profissionais qualificados

A rotatividade voluntária no mercado de trabalho tem ganhado destaque nos últimos meses, principalmente entre profissionais qualificados. Dados recentes da 31ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), com base na percepção de mais de 380 recrutadores, revelam que a busca por melhor qualidade de vida é o principal motivo para pedidos de demissão, citado por 58% dos entrevistados. Além disso, o aquecimento do mercado de trabalho (53%) e o retorno ao modelo totalmente presencial (51%) também são fatores que incentivam essa movimentação.

Com a taxa de desemprego em queda, alcançando 6,2% nos primeiros meses de 2025, e chegando a cerca de 3% para mão de obra especializada, os profissionais sentem-se mais seguros para buscar novas oportunidades. Maria Sartori, diretora da Robert Half, destaca que “o modelo de trabalho continua sendo um ponto sensível: a imposição do presencial ainda desagrada boa parte dos profissionais, especialmente aqueles que já vivenciaram a flexibilidade e não desejam abrir mão desse benefício”.

Outro aspecto que contribui para o aumento dos desligamentos voluntários é o avanço da automação e da inteligência artificial, apontado por 49% dos recrutadores como um fator que pode impulsionar pedidos de demissão. Por outro lado, as empresas que investem em desenvolvimento de habilidades (48%), ações de saúde mental (36%) e melhoria do ambiente organizacional (29%) conseguem reter melhor seus talentos.

É importante ressaltar que a rotatividade voluntária não deve ser vista apenas como um problema. Quando bem gerida, ela pode renovar equipes e trazer novas perspectivas, fomentando a inovação. Maria Sartori explica que “o ponto de atenção está nos extremos, tanto o turnover alto quanto o muito baixo podem sinalizar desequilíbrios. A retenção, no fundo, começa na seleção. É no alinhamento de expectativas entre empresa e candidato que se constrói uma relação duradoura e significativa para ambos os lados”.

Para mitigar os impactos do turnover, as organizações têm apostado em capacitação de lideranças, programas de desenvolvimento de carreira, treinamentos técnicos e melhorias na gestão de desempenho e condições de trabalho. “Não há solução única. As organizações precisam combinar esforços em várias frentes para criar um ambiente no qual suas equipes enxerguem propósito, perspectiva de evolução e bem-estar. E, mais do que nunca, isso exige lideranças preparadas para lidar com um novo perfil de trabalhador: mais exigente, informado e disposto a mudar de rota quando necessário”, conclui a diretora.

Este cenário reforça a importância de estratégias robustas de retenção que valorizem a qualidade de vida e o desenvolvimento pessoal, especialmente para o público feminino, que busca equilíbrio entre carreira e bem-estar. Com o mercado cada vez mais dinâmico, entender essas tendências é fundamental para empresas que desejam manter seus talentos e garantir um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Conteúdo baseado em dados da assessoria de imprensa Robert Half.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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