Julho Verde: imunoterapia no pós-operatório revoluciona tratamento do câncer de cabeça e pescoço

Estudo francês apresentado na ASCO 2025 mostra que nivolumabe reduz risco de recidiva e abre nova era para pacientes de alto risco

No mês de conscientização do câncer de cabeça e pescoço, celebrado pelo Julho Verde, uma notícia traz esperança para milhares de pacientes: a imunoterapia com nivolumabe no pós-operatório mostrou resultados promissores após décadas sem avanços significativos.

Um estudo francês de fase 3, chamado NIVOPOSTOP (GORTEC 2018-01), foi destaque na sessão plenária da ASCO 2025, o maior congresso mundial de oncologia. A pesquisa envolveu 680 pacientes com carcinoma espinocelular localmente avançado e de alto risco, que passaram por cirurgia para remoção do tumor em regiões como cavidade oral, orofaringe, hipofaringe e laringe. Todos apresentavam fatores que aumentam a chance de recidiva, como extensão extracapsular ou margens cirúrgicas comprometidas.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: um recebeu o tratamento padrão, que combina radioterapia com três ciclos de cisplatina, enquanto o outro recebeu o mesmo protocolo acrescido do anticorpo anti-PD-1 nivolumabe (Opdivo). O resultado foi uma melhora significativa na sobrevida livre de doença (DFS) para quem recebeu a imunoterapia: após três anos, 63,1% estavam livres da doença, contra 52,5% do grupo controle.

Segundo o oncologista William Nassib William Jr., da Oncoclínicas, “é a primeira vez que um tratamento se mostra superior à quimiorradioterapia padrão nesse contexto, abrindo espaço para uma mudança de paradigma”. Ele destaca ainda que “é muito raro vermos câncer de cabeça e pescoço ocupando esse espaço no congresso, o que sinaliza o potencial impacto dessa estratégia na prática clínica”.

O estudo também apontou que a segurança do nivolumabe foi consistente com pesquisas anteriores, sem comprometer a adesão ao tratamento padrão. Além disso, há uma tendência positiva na sobrevida global, que será confirmada após a análise final dos dados.

O câncer de cabeça e pescoço localmente avançado com alto risco de recidiva representa um dos maiores desafios da oncologia, pois mesmo com cirurgia e quimiorradioterapia, muitos pacientes enfrentam retorno precoce da doença. Até então, nenhuma abordagem adjuvante havia conseguido modificar esse cenário de forma consistente.

Com esses resultados robustos e o reconhecimento internacional, o NIVOPOSTOP pode acelerar a incorporação da imunoterapia adjuvante nas diretrizes clínicas globais, beneficiando pacientes independentemente da expressão do biomarcador PD-L1.

Este avanço representa um marco importante para uma população que aguardava há muito tempo por tratamentos mais eficazes, trazendo uma nova esperança de cura e qualidade de vida.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Oncoclínicas&Co, maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, que atua com foco em inovação, pesquisa e medicina de precisão.

A conscientização e o conhecimento sobre essas novidades são essenciais para que pacientes e familiares estejam atentos às opções terapêuticas que podem transformar o futuro do câncer de cabeça e pescoço. Compartilhe esta informação e ajude a ampliar o debate sobre saúde e qualidade de vida.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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