Como uma Viagem de Turismo Pode Ser o Primeiro Passo para a Residência Legal nos EUA
Descubra como planejamento e orientação jurídica transformam uma simples visita em oportunidades reais de imigração e investimento nos Estados Unidos
Visitar os Estados Unidos com um visto de turista pode ser o primeiro passo para um projeto de vida mais ambicioso: construir um futuro legal e planejado no país. Embora ele não permita trabalhar nem estudar de forma integral no país, pode representar uma excelente oportunidade para quem deseja identificar possibilidades profissionais, avaliar regiões para morar e entender os caminhos legais para a residência permanente.
Há uma ideia equivocada de que o visto de turista não serve para quem deseja morar legalmente nos Estados Unidos. O turismo pode ser o ponto de partida para o planejamento migratório. Muitas vezes, é durante uma viagem que a pessoa identifica uma oportunidade de negócio, de investimento ou de estudo, e é nesse momento que deve buscar orientação jurídica para transformar essa experiência em uma oportunidade de permanência no país.
O visto B1/B2 permite entrar nos Estados Unidos por períodos curtos, geralmente de até seis meses, para atividades como turismo e lazer, participação em eventos, feiras e congressos, reuniões de negócios e visitas exploratórias para conhecer regiões ou escolas. Ele não autoriza o trabalho formal, a matrícula em cursos acadêmicos de longa duração ou a permanência contínua no país além do período estipulado. Por isso, o planejamento é fundamental para que uma viagem de turismo possa se transformar em um projeto migratório sem colocar o visitante em situação irregular.
Durante a estadia como turista, é comum que sejam avaliadas oportunidades de:
– Investimento ou abertura de negócio, o que pode viabilizar vistos como o E-2, para países com tratado com os EUA, ou o EB-5, de residência por investimento;
– Estudo em instituições americanas, o que exige a mudança para o visto F-1, desde que ocorra com o apoio jurídico adequado e dentro dos prazos permitidos;
– Casamento com cidadão americano, em situações legítimas e com acompanhamento legal, pode gerar processos de ajuste de status;
– Ofertas de trabalho qualificadas, que podem levar a vistos como o H-1B, o L-1 ou até processos de green card por habilidades extraordinárias (visto EB-2 NIW, por exemplo).
Nenhuma mudança de status ou solicitação de visto deve ser feita por impulso. Cada tipo de visto tem critérios técnicos e prazos específicos, que variam de acordo com o perfil e os objetivos de cada pessoa. Buscar caminhos informais, como permanecer no país além do tempo autorizado ou tentar acessar processos sem respaldo legal, pode gerar consequências sérias. Isso compromete o histórico imigratório, dificulta futuras solicitações e gera barreiras que limitam oportunidades, trabalho, renda e até a liberdade de entrar e sair dos Estados Unidos. É como quem tenta cruzar a fronteira sem visto: parece um atalho no início, mas, na prática, gera muito mais dor, perda financeira e restrições. O caminho mais inteligente é o planejamento, feito com clareza, consciência das regras e das estratégias migratórias adequadas para cada caso.
Por Guilherme Vieira
CEO da On Set Consultoria, empresa especializada em vistos e cidadania americana
Artigo de opinião