Oficinas de Alimentação Saudável fortalecem saúde e educação em comunidades ribeirinhas do Amazonas

As comunidades ribeirinhas do Amazonas têm ganhado um importante reforço na promoção da saúde e educação por meio de oficinas sobre Alimentação Saudável. Nos dias 6 e 7 de junho, a comunidade Boa Esperança, no município de Manicoré, recebeu capacitações voltadas a profissionais da saúde e da educação que atuam nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Amapá. A ação é um desdobramento do primeiro Mapeamento de Hábitos Alimentares e Socioambientais realizado pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS) em maio, que envolveu a coleta de dados antropométricos e entrevistas com 128 pessoas de 44 famílias locais.

O projeto integra o ciclo atual do Solar Community Hub (SCH), uma iniciativa sustentável que funciona com energia solar e oferece acesso à internet e tecnologia para apoiar serviços nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e monitoramento socioambiental. Desde 2021, o SCH é desenvolvido em parceria entre FAS, Dell Technologies, Intel e Computer Aid, com foco em soluções para os desafios sociais e ambientais da região amazônica.

As oficinas foram conduzidas pela nutricionista Larissa Duarte e pela enfermeira Luene Silva Costa Fernandes, consultoras do Programa Saúde na Floresta da FAS. No primeiro dia, a capacitação foi direcionada a profissionais da saúde, agentes comunitários, técnico de enfermagem e microscopista. No segundo dia, a formação se ampliou para incluir professoras, merendeiras e lideranças comunitárias, promovendo um diálogo intersetorial fundamental para o fortalecimento das ações locais.

Baseadas nas diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira e adaptadas à realidade local, as oficinas apresentaram conteúdos inéditos para os participantes. Larissa Duarte destaca que “os alimentos tradicionais locais se mostram uma solução diante das dificuldades logísticas e produtivas já existentes na Amazônia e agravadas pelas mudanças climáticas. É fundamental que políticas públicas, como o PNAE e o PAA, incorporem esses alimentos específicos do território, gerando maior variedade alimentar e renda, e impactando positivamente a saúde das populações locais”.

Entre os alimentos tradicionais identificados estão frutos como puruí, cupuí, cacauí, bacuri, araçá-boi e genipapo, além de temperos como chicória e alfavaca. Gelson Pereira, liderança comunitária, ressalta a importância da iniciativa: “É um conteúdo essencial para promover a saúde e a qualidade de vida dos comunitários, e que sem essa parceria, dificilmente conseguiríamos viabilizar”.

Além da capacitação em alimentação, os profissionais de saúde receberam um minicurso sobre o Calendário Nacional de Vacinação, atualizando-os sobre as mudanças no esquema vacinal para crianças, gestantes e idosos. A ação reforçou o papel estratégico dos agentes comunitários de saúde, que acompanham o calendário vacinal por meio de visitas domiciliares e colaboram no planejamento de imunizações, especialmente próximo ao Dia Nacional da Imunização, celebrado em 9 de junho.

Mickela Souza, gerente do Programa Saúde na Floresta da FAS, enfatiza o propósito da iniciativa: “Conhecer a realidade nutricional e hábitos de consumo das comunidades amazônicas, em tempos de acirramento dos desafios climáticos, é de suma importância para que possamos subsidiar a execução de projetos nas áreas de saúde, bem como as políticas públicas vigentes. Nosso intuito é trazer dados da realidade vivida para apoiar o resgate de hábitos saudáveis das próprias populações”.

Essa ação representa um passo importante para fortalecer a saúde e a educação nas comunidades ribeirinhas, valorizando a cultura alimentar local e promovendo o desenvolvimento sustentável na Amazônia.

(Dados fornecidos pela assessoria de imprensa)

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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