MinC promove oficina sobre cultura e saúde para fortalecer o desenvolvimento sustentável no Brasil

Na última terça-feira (24), o Ministério da Cultura (MinC) realizou uma oficina que discutiu a relação entre cultura e saúde para o desenvolvimento sustentável, com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3, que visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas até 2030. O evento contou com a parceria da Comissão Nacional dos ODS, coordenada pela Secretaria-Geral da Presidência da República, e reuniu representantes do Sistema MinC, Ministério da Saúde, Fiocruz, ONGs e Pontos de Cultura.

A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural, Márcia Rollemberg, destacou a importância do encontro: “Foi uma discussão muito rica e um momento importante de troca de experiências. Nós estamos tecendo essa política e amadurecendo, principalmente, esse olhar de como a cultura é estratégica para a saúde individual e coletiva.” Já Ângela Leal, diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, ressaltou que “a cultura é uma forma de construção de vínculo e de fortalecimento das práticas e dos saberes dos territórios. Ela influencia profundamente em todo esse processo de cuidado, inclusive em como se percebe e se identifica a questão da saúde, do adoecimento, do processo de cuidado e de cura.”

Entre as experiências apresentadas, o Ponto de Cultura Saúde e Alegria, que atua desde 1987 na Amazônia, exemplificou a integração entre saúde e cultura. O projeto utiliza arte, brincadeiras e comunicação popular para levar atendimentos de saúde às comunidades ribeirinhas, por meio de navios-hospitais e do Gran Circo Mocorongo. O representante Fábio Pena explicou que “promover a saúde através de práticas culturais e de práticas artísticas” é a essência do trabalho desde o início.

No Rio de Janeiro, o Museu de Imagens do Inconsciente e o bloco de carnaval Loucura Suburbana mostraram como a arte pode ser fundamental para a saúde mental. Ariadne Mendes, diretora do Loucura Suburbana, afirmou: “A nossa trajetória de 25 anos comprova a importância e a potência da cultura na saúde mental. Cultura e arte transformam vidas, instituições e a sociedade.”

No campo das tradições, Ana Maria da Silva Soares, do Ponto de Cultura Coletivo Minhas Plantas, Meu Quintal, destacou o resgate dos saberes das raizeiras e benzedeiras em Belo Horizonte, promovendo o cultivo de ervas medicinais em ambientes urbanos para fortalecer a saúde e a segurança alimentar.

Além das experiências dos Pontos de Cultura, o MinC apresentou iniciativas como o programa Territórios da Cultura, que amplia o acesso à infraestrutura cultural, e ações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como o reconhecimento do ofício das parteiras como Patrimônio Cultural do Brasil em maio de 2024.

A oficina faz parte de uma série que busca fortalecer a ideia de criar um ODS específico para a Cultura, tema que será debatido na próxima Conferência Mundial da Unesco sobre Políticas Culturais (Mondiacult). As próximas oficinas previstas para 2025 abordarão temas como Cultura e Igualdade Étnico-Racial, Cultura de Paz e Cooperação, e Cultura, Preservação Ambiental e Emergência Climática.

Este encontro reforça a importância de enxergar a cultura como um elemento estratégico para a promoção da saúde e do bem-estar, contribuindo para a construção de sociedades mais sustentáveis e inclusivas. Segundo Márcia Rollemberg, “quem faz cultura, quem faz arte promove saúde”, e o MinC pretende estimular essa consciência por meio de pesquisas e ações integradas entre cultura e saúde.

Conteúdo baseado em informações da assessoria de imprensa do Ministério da Cultura.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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