Mais de 9% dos brasileiros enfrentam ansiedade: especialistas explicam causas e tratamentos

Entenda o impacto da ansiedade no Brasil, os desafios do preconceito e as perspectivas da psicologia atual

Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que mais de 9% da população brasileira sofre com ansiedade, enquanto 5,8% enfrentam depressão. Esse cenário preocupante afeta diretamente o bem-estar e a produtividade dos brasileiros, especialmente entre os jovens de 18 a 34 anos, que lidam com pressões acadêmicas e sociais intensas. O relatório Global Mind Project (2024) destaca que essa faixa etária apresenta uma média baixa no índice MHQ (Mind Health Quotient), indicando dificuldades para gerenciar a rotina, manter relações sociais e controlar emoções.

Segundo a psicóloga e psicanalista Fabiana Ratti, fundadora da Rede de Atendimento Psicanalítico Lacaniano – UNBEWUSSTE, um dos maiores obstáculos para o tratamento é o preconceito em torno dos transtornos mentais. “Combater esse preconceito passa pela tarefa de educar a população sobre o que é saúde mental, os sinais de alerta, onde buscar ajuda e como oferecer apoio a pessoas em sofrimento”, afirma. Essa conscientização é fundamental para que mais pessoas procurem ajuda profissional sem medo ou vergonha.

O psicólogo e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, Marcos Torati, destaca que fatores sociais como desigualdade, pobreza, violência e falta de acesso a serviços básicos também impactam a saúde mental no Brasil. Ele alerta para a crescente psiquiatrização e a influência da lógica psiquiátrica norte-americana, que, especialmente no ambiente virtual, estimula autodiagnósticos e identitarismos psicopatológicos. “A valorização excessiva do diagnóstico psiquiátrico pode levar os pacientes a priorizar o tratamento da ‘doença’ em detrimento de uma visão mais ampla da saúde, que englobe fatores biológicos, emocionais, sociais e históricos”, explica.

Para Torati, o equilíbrio entre intervenções farmacológicas e psicoterapêuticas é essencial. “A psicoterapia é fundamental para todos os pacientes psiquiátricos, mas nem todo sofrimento psicológico requer medicação. Os psicofármacos aliviam sintomas e estabilizam o psiquismo, facilitando o trabalho psicoterapêutico”, complementa.

Em 2025, Fabiana Ratti lançou o livro “Clínica e Supervisão”, que oferece um guia prático para profissionais de saúde mental, com técnicas para engajar pacientes desde as primeiras sessões. A obra aborda desde a redefinição do inconsciente na perspectiva lacaniana até a adaptação às complexidades dos laços sociais na era digital. Ratti destaca a influência do capitalismo, consumismo e tecnologia na vida dos indivíduos, ressaltando a necessidade de criar um ambiente acolhedor para que o paciente se mantenha no tratamento e aprofunde suas questões.

Essas reflexões e dados foram compartilhados por meio de assessoria de imprensa, reforçando a urgência de ampliar o diálogo sobre saúde mental no Brasil e promover um cuidado mais humanizado e eficaz para quem enfrenta ansiedade e outros transtornos psicológicos.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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