Estudo da UFSCar investiga como atividade física impacta saúde mental e qualidade de vida na gestação
Pesquisa pioneira avalia níveis de atividade e sedentarismo em gestantes brasileiras para melhorar cuidados na gravidez
Um estudo inovador desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Fisioterapia na Saúde da Mulher (NEFISM) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está avaliando a influência dos níveis de atividade física e do comportamento sedentário na saúde mental e qualidade de vida de gestantes brasileiras. A pesquisa, que preenche uma lacuna importante no conhecimento sobre os hábitos físicos durante a gravidez no Brasil, convida gestantes a partir do segundo trimestre a participarem voluntariamente, oferecendo um relatório completo das avaliações realizadas.
O projeto integra pesquisas de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar, sob a coordenação da professora Ana Carolina Sartorato Beleza. Segundo a pesquisadora Giovana Poli, “até o presente momento não foram encontrados estudos que avaliem objetivamente o nível de comportamento sedentário e atividade física em gestantes brasileiras”. A pesquisa busca entender se as gestantes brasileiras seguem as recomendações atuais de atividade física, identificar barreiras e facilitadores para esses comportamentos e analisar como isso afeta sua saúde mental e qualidade de vida.
A prática diária recomendada para mulheres grávidas é de 20 a 30 minutos de atividade física moderada a vigorosa, que pode trazer diversos benefícios, como controle do ganho de peso, redução de dores musculoesqueléticas, prevenção de diabetes e hipertensão gestacional, além de melhorar a qualidade do sono. No entanto, Giovana Poli alerta que “ainda que as recomendações de atividade física sejam atingidas, o tempo gasto em comportamento sedentário pode ser elevado e estar associado a desfechos negativos, como mortalidade, incidência de doenças cardiovasculares, desenvolvimento de diabetes gestacional e baixo peso do bebê ao nascer”.
Para coletar os dados, o estudo utiliza um dispositivo tecnológico não invasivo, um sensor fixado na coxa das gestantes por meio de uma fita, que monitora os comportamentos físicos durante sete dias. Após essa etapa, cada participante recebe um relatório detalhado, contribuindo para a análise geral da pesquisa.
Os resultados esperados poderão apoiar a criação de programas de educação em saúde e incentivo à atividade física durante a gestação e o pós-parto, adaptados à realidade das mulheres brasileiras. A pesquisa acontece no Laboratório de Movimento (Lamu), localizado no Departamento de Fisioterapia da UFSCar, em São Carlos.
Gestantes interessadas, com mais de 18 anos e a partir do segundo trimestre de gravidez, podem se inscrever por meio do formulário online ou entrar em contato via WhatsApp para participar dos três encontros previstos ao longo do ciclo gravídico-puerperal. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar, garantindo a segurança e o respeito às participantes.
Esta iniciativa representa um avanço significativo para a saúde feminina no Brasil, ao oferecer dados concretos e direcionar ações que promovam o bem-estar físico e mental das futuras mães, fortalecendo a importância da atividade física na gestação.
Conteúdo baseado em informações da assessoria de imprensa da UFSCar.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA