Por que repetimos padrões que nos fazem sofrer? Psicólogo explica as causas e soluções
Entenda como memórias emocionais não resolvidas mantêm ciclos de dor e como a Terapia de Reprocessamento Generativo pode ajudar
Por que insistimos em sofrer do mesmo jeito? Essa é uma questão que acompanha a humanidade há séculos e que ainda intriga muita gente. Relacionamentos que terminam da mesma forma, decisões que geram frustrações repetidas e comportamentos autossabotadores são exemplos claros de como podemos ficar presos a padrões dolorosos, mesmo quando estamos conscientes do sofrimento que eles causam.
Segundo o psicólogo Jair Soares, fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) e doutorando em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO), na Argentina, esse fenômeno é conhecido como repetição inconsciente. Trata-se de um mecanismo pelo qual a mente humana busca, sem perceber, situações emocionais familiares, mesmo que sejam negativas. “A mente repete o que conhece, ainda que isso provoque sofrimento. Reviver padrões é uma forma inconsciente de tentar resolver feridas antigas. Mas, sem um processo terapêutico, a tendência é que a dor se repita, não que se resolva”, explica Soares.
A origem desses ciclos costuma estar na infância, em vínculos mal elaborados e experiências de rejeição, abandono ou desvalorização. Esses registros emocionais não desaparecem com o tempo e, quando não são trabalhados, tornam-se roteiros internos que orientam nossas escolhas. O cérebro associa o ‘conhecido’ à segurança, mesmo que esse conhecido seja um relacionamento abusivo ou um comportamento autossabotador.
Para romper esses ciclos, Jair Soares desenvolveu a Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), aplicada no IBFT. Essa abordagem vai além da análise racional e atua diretamente no reprocessamento das memórias emocionais que sustentam os padrões repetitivos. “Nós não tentamos ensinar o paciente a agir diferente. Nosso foco é reorganizar o que está por trás do comportamento, nos registros emocionais que alimentam esses ciclos. Quando isso é feito com segurança, o impulso repetitivo simplesmente perde o sentido”, afirma o psicólogo.
A TRG tem mostrado resultados significativos na redução de sintomas relacionados à ansiedade, depressão, compulsões e padrões relacionais tóxicos. Para o especialista, o primeiro passo para romper um ciclo é reconhecer que ele existe. O segundo é compreender que, por trás de toda repetição, há um pedido não ouvido. “Repetimos não porque gostamos de sofrer, mas porque algo dentro de nós ainda espera ser cuidado. E só quando esse algo é ouvido, é possível escolher diferente”, conclui Jair Soares.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do IBFT, trazendo uma reflexão importante para quem busca entender e transformar seus padrões emocionais. Se você se identifica com esse tema, saiba que a ajuda profissional pode ser o caminho para romper ciclos e construir uma vida mais saudável emocionalmente.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA