Oncogenética avança no Brasil e transforma o cuidado oncológico e reprodutivo feminino
Diversidade genética brasileira impulsiona tratamentos personalizados e preservação da fertilidade em mulheres com câncer
A oncogenética, campo que estuda a relação entre alterações genéticas e o risco de câncer, tem ganhado destaque no Brasil, especialmente no cuidado oncológico de mulheres. Em um país com uma miscigenação genética única, como o Brasil, a diversidade genética influencia diretamente a predisposição a diferentes tipos de câncer, conforme estudo recente da Universidade de São Paulo (USP). Esse avanço reforça a importância do mapeamento genético como ferramenta essencial para prevenção e tratamentos personalizados.
Segundo a oncologista Fernanda Dias, da Oncoclínicas Rio de Janeiro, a testagem genética permite identificar síndromes hereditárias e direcionar terapias mais eficazes. “A testagem genética permite identificar síndromes hereditárias e direcionar terapias mais eficazes, como os inibidores de PARP, que têm demonstrado melhora significativa na sobrevida global da paciente e na sobrevida livre de progressão da doença”, explica a especialista. Essas terapias direcionadas representam um avanço importante na oncologia de precisão, melhorando os resultados clínicos.
Além do impacto no diagnóstico e tratamento, a oncogenética tem papel fundamental na saúde reprodutiva das mulheres, especialmente as jovens em tratamento oncológico. Mutações em genes como BRCA1 e BRCA2 estão associadas a uma reserva ovariana reduzida e menopausa precoce. “Por isso, é fundamental que o tratamento oncológico seja planejado considerando a saúde reprodutiva, especialmente em adolescentes e mulheres jovens”, destaca Fernanda Dias.
Para minimizar os danos à função ovariana, são escolhidos tratamentos com terapias menos tóxicas e direcionadas. A preservação da fertilidade, por meio do congelamento de óvulos ou embriões antes da quimioterapia, é uma estratégia essencial para garantir opções futuras de maternidade.
O aconselhamento genético é outro componente crucial desse cuidado integrado. Ele ajuda as pacientes a compreenderem os riscos hereditários e a tomarem decisões informadas. “O acompanhamento inclui consultas antes e após o teste genético, elaboração de estratégias personalizadas de rastreamento e acompanhamento contínuo, com reavaliação conforme novos estudos surgem”, explica a médica. Para casais com risco de transmissão genética, a testagem pré-implantacional durante a fertilização in vitro pode reduzir a chance de filhos com mutações hereditárias. Em casos específicos, a testagem do parceiro também é recomendada para avaliar riscos adicionais.
Esses avanços em oncogenética refletem uma mudança de paradigma na oncologia, priorizando a saúde reprodutiva sem comprometer os resultados oncológicos, especialmente para adolescentes e adultos jovens. A integração entre genética, tratamento personalizado e preservação da fertilidade representa um cuidado mais humanizado e eficaz para as mulheres com câncer no Brasil.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Oncoclínicas, maior rede dedicada ao tratamento do câncer na América Latina, que investe em pesquisa, tecnologia e inovação para oferecer medicina de precisão e genômica no combate ao câncer.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA