Inteligência Artificial Revoluciona a Radioterapia: Diretriz ESTRO-AAPM Aponta Futuro da Oncologia
Diretriz inédita destaca a IA como peça-chave para tratamentos personalizados, mais seguros e eficientes na radioterapia global
A inteligência artificial (IA) está transformando a radioterapia em todo o mundo, redefinindo padrões e abrindo caminho para tratamentos mais precisos e personalizados no combate ao câncer. A recente diretriz conjunta da Sociedade Europeia de Radioterapia e Oncologia (ESTRO) e da Associação Americana de Físicos e Médicos (AAPM) destaca a IA como um elemento central para o futuro da radioterapia, com impactos diretos na prática clínica, no desenvolvimento de protocolos e na criação de normas que garantam segurança, qualidade e ética no uso dos algoritmos.
Segundo o radio-oncologista Fábio Ynoe de Moraes, membro da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), a inteligência artificial já está presente em todas as etapas do tratamento, desde o contorno automático das estruturas anatômicas até o ajuste em tempo real da dose, acompanhando as mudanças no corpo do paciente. “A IA tem um potencial revolucionário na área da saúde, especialmente na radioterapia, promovendo ganhos em eficiência, precisão e personalização”, explica.
Um exemplo prático dessa revolução foi apresentado em um estudo publicado na revista Nature em 2021, que demonstrou que sistemas de IA conseguem gerar planos de radioterapia para câncer de próstata em menos de cinco minutos, com 92% de aceitação clínica pelos especialistas, eliminando a necessidade de ajustes manuais. Isso representa maior produtividade, redução da carga de trabalho dos profissionais e melhora significativa na qualidade dos tratamentos.
Entre as principais vantagens da IA na radioterapia estão a redução do tempo de planejamento de horas para minutos, segmentação automática de órgãos e tumores com alta precisão clínica, planejamento baseado em aprendizado com dados históricos, maior consistência entre profissionais e adaptação diária do plano conforme alterações anatômicas do paciente. Além disso, a integração de dados clínicos, radiômicos e genéticos permite prever riscos de toxicidade, controlar tumores com maior eficácia e ajustar técnicas e doses ao longo do tratamento, consolidando a era da oncologia de precisão.
As tecnologias já aplicadas incluem redes neurais para segmentação automática, geração de tomografias sintéticas a partir de ressonâncias magnéticas, aprendizado de máquina para planejamento otimizado e sistemas emergentes de adaptação em tempo real. A radiômica combinada com IA também está em fase de validação para prever respostas ao tratamento e toxicidades.
Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta desafios para a adoção plena da IA na radioterapia, como infraestrutura computacional limitada, baixa interoperabilidade entre sistemas, escassez de profissionais capacitados, custos elevados e falta de diretrizes regulatórias claras. Segundo Moraes, “é fundamental investir em formação, tecnologia e validação clínica alinhadas ao contexto brasileiro para superar essas barreiras”.
Essa diretriz inédita da ESTRO e AAPM reforça que a inteligência artificial não é apenas uma tendência, mas uma realidade que está moldando o futuro da radioterapia, com benefícios claros para a qualidade do cuidado ao paciente e a eficiência dos tratamentos oncológicos.
Conteúdo produzido com base em dados da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT).

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA