Como os alimentos ultraprocessados afetam a saúde muscular e aceleram a artrose
Entenda a relação entre dieta, gordura intramuscular e desgaste das articulações segundo especialistas
O aumento do consumo de alimentos ultraprocessados nas últimas décadas tem trazido impactos que vão além do aumento da obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Recentes estudos apresentados na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA) revelam uma nova preocupação: dietas ricas nesses alimentos estão associadas ao acúmulo de gordura intramuscular nas pernas, especialmente na região da coxa, o que pode contribuir para o desenvolvimento da osteoartrite, também conhecida como artrose.
A pesquisa analisou a dieta e exames de imagem de mais de 600 pessoas com risco aumentado para osteoartrite, porém ainda sem sintomas da doença. Os resultados indicaram que quanto maior o consumo de alimentos ultraprocessados, maior a quantidade de gordura infiltrada nos músculos, independentemente da ingestão calórica ou do nível de atividade física. Essa gordura intramuscular compromete a função muscular e a estabilidade das articulações, aumentando o risco de desgaste precoce da cartilagem.
O Dr. Mauro Meyer, médico ortopedista especialista em cirurgia de joelho e quadril, explica que “melhorar a qualidade da dieta é uma das estratégias fundamentais para preservar a saúde muscular e articular. O aumento da gordura intramuscular compromete a função dos músculos e reduz a estabilidade das articulações. Músculos enfraquecidos não conseguem absorver adequadamente os impactos, o que gera sobrecarga em articulações como as do joelho. Essa sobrecarga, por sua vez, acelera o desgaste da cartilagem, o que pode levar à osteoartrite.”
A osteoartrite é a forma mais comum de artrite e está relacionada ao desgaste progressivo da cartilagem que recobre as articulações, causando dor, rigidez e limitação de movimentos. Além da idade e predisposição genética, o estilo de vida tem papel crucial, especialmente o sobrepeso, sedentarismo e má alimentação. Dietas pobres em nutrientes anti-inflamatórios e protetores da cartilagem — como cálcio, vitamina D, ômega-3 e antioxidantes — aceleram o processo degenerativo. Já os alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares e aditivos químicos, aumentam a inflamação sistêmica e prejudicam a qualidade dos tecidos musculares e articulares.
Para prevenir a sobrecarga articular e a osteoartrite, o ortopedista recomenda “ter uma alimentação rica em vegetais, frutas, grãos integrais, fontes magras de proteína e gorduras boas, que ajuda a manter o peso sob controle, reduzir processos inflamatórios e fortalecer músculos e ossos. Associar isso à prática regular de exercícios físicos é essencial.”
Nos estágios iniciais, a osteoartrite pode ser controlada com medicamentos, fisioterapia, perda de peso e fortalecimento muscular. Em casos avançados, a cirurgia de artroplastia do joelho, que substitui a articulação danificada por uma prótese, é uma opção eficaz. A tecnologia robótica, como o sistema ROSA®, tem trazido avanços importantes, permitindo maior precisão no procedimento, menor tempo de internação, menos dor no pós-operatório e recuperação mais rápida.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa da Zimmer Biomet, reforçando a importância da alimentação saudável para a saúde osteomuscular e a prevenção da artrose. Adotar hábitos alimentares equilibrados é um passo fundamental para garantir a qualidade de vida e a mobilidade por mais tempo.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA