Por que o Diabetes Tipo 2 é mais comum em mulheres no Brasil? Entenda os fatores
Dados recentes mostram maior prevalência da doença em mulheres; entenda os motivos hormonais, comportamentais e sociais
No Brasil, o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) apresenta maior prevalência entre as mulheres do que entre os homens. Essa constatação, confirmada por dados recentes do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) e do Ministério da Saúde, reforça a importância de entender os fatores que contribuem para esse cenário e a necessidade de estratégias específicas de prevenção e tratamento.
Segundo uma amostra aleatória de 18 mil pacientes com DM2 atendidos no HSPE entre 2024 e 2025, 60% eram mulheres, enquanto 40% eram homens. Complementando esses dados, o VIGITEL 2023, sistema de vigilância do Ministério da Saúde, apontou que a prevalência de DM2 em adultos acima de 18 anos é de 10,2%, sendo 11,1% em mulheres e 9,1% em homens. Entre idosos acima de 65 anos, o índice sobe para 30,3%, com 31,0% nas mulheres e 29,3% nos homens.
Diversos fatores explicam essa diferença. A maior expectativa de vida feminina faz com que o número de mulheres idosas, grupo com maior risco para DM2, seja proporcionalmente maior. Além disso, a atividade física é menor entre as mulheres: a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 32% das mulheres são fisicamente inativas, contra 23% dos homens.
O endocrinologista do HSPE, Dr. Evandro Portes, destaca outros aspectos importantes: “As mulheres recorrem mais aos serviços de saúde, e, portanto são diagnosticadas mais precocemente, enquanto os homens, por não fazerem exames com a periodicidade devida, são mais subdiagnosticados.” Ele também chama atenção para o Diabetes Mellitus gestacional, que acomete cerca de 15% das gestantes, um fator exclusivo do sexo feminino.
Além disso, o uso de estrógenos exógenos pode aumentar a resistência à insulina em mulheres, especialmente quando associado a predisposições genéticas. A ação dos hormônios – como estrogênios, androgênios, hormônio do crescimento, tireoide, glucagon, catecolaminas e glicocorticóides – influencia diretamente o metabolismo da glicose e a sensibilidade à insulina. Alterações hormonais, comuns na menopausa, aceleram o desenvolvimento do DM2 nas mulheres devido à rápida diminuição dos níveis de estrogênio.
O envelhecimento, aliado ao aumento do tecido adiposo, eleva a resistência insulínica em ambos os sexos, mas a menopausa torna esse processo mais intenso nas mulheres.
Para prevenir e controlar o DM2, a orientação médica enfatiza a importância de uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e manutenção do peso adequado. O tratamento medicamentoso deve ser sempre acompanhado por profissionais de saúde.
Com aproximadamente 20 milhões de pessoas vivendo com diabetes no Brasil, o Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho, reforça a necessidade de conscientização sobre a doença, seus riscos e formas de prevenção.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa do Hospital do Servidor Público Estadual e do Ministério da Saúde.
A informação correta e o cuidado contínuo são essenciais para a saúde feminina e a qualidade de vida. Fique atenta aos sinais, faça exames regulares e adote hábitos saudáveis para prevenir o diabetes tipo 2.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA