Tradição e inovação: como a indústria JK Beauty está revolucionando o mercado brasileiro de beleza

A combinação entre o rigor japonês e a ousadia coreana cria produtos que conquistam consumidores exigentes no Brasil

Tive recentemente a oportunidade de conhecer de perto a indústria de beleza asiática, a convite de parceiros distribuidores que representam marcas como Fino, Senka, Tsubaki e &Honey. A visita incluiu não só uma imersão nos produtos, mas também uma experiência direta nas fábricas, laboratórios e até em salões onde os itens são testados e aprimorados. E o que dizer? Há um oceano de aprendizado e qualidade vindo do Japão e da Coreia do Sul que o Brasil começa a conhecer.

A consultoria Circana aponta que, o Brasil, o quarto maior mercado de beleza do mundo, movimenta cerca de US$ 27 bilhões por ano e as marcas coreanas e japonesas já representam 14% das vendas totais do setor. E a tendência, pelo que se percebe, é que elas só devem aumentar. Qualidade e preço acessível, para isso, têm de sobra.

Ao observar os produtos japoneses, a palavra que mais me vem à mente é tradição. A cultura da beleza no Japão está enraizada em séculos de conhecimento, mas o mais impressionante é como isso se traduz em um cuidado extremo com performance e eficácia. Os japoneses não lançam produtos ao sabor da tendência. Cada fórmula passa por anos de testes rigorosos antes de chegar às prateleiras. Um bom exemplo é o novo tratamento capilar da Tsubaki, desenvolvido ao longo de anos com o objetivo de garantir um resultado que fosse não apenas percebido na primeira aplicação, mas comprovado a longo prazo.

As embalagens estão cada vez mais modernas, buscando atrair o público mais jovem, mas também consumidores globais. No entanto, o que sustenta essas marcas é a confiança na performance do produto. É um compromisso com a excelência que impressiona — e inspira.

Os cosméticos coreanos, por sua vez, respiram tendência e inovação. Eles têm uma vivência natural com o novo, e essa mentalidade se reflete no ritmo acelerado de lançamentos, nas fórmulas surpreendentes e na ousadia criativa — em especial nas áreas de skincare e haircare. É uma indústria com tecnologia avançada aplicada há anos, o que proporciona resultados superiores mesmo nos produtos do dia a dia. São marcas que ouvem o consumidor, testam o que está em alta nas redes sociais e adaptam com agilidade.

Um dos destaques na visita ao Japão foi a &Honey, que utiliza própolis, geleia real e mel em sua formulação. A linha explodiu nas redes sociais por conta da embalagem diferenciada, desenvolvida para dialogar com a geração Z. Mas mais do que viralizar, a marca, que deve desembarcar aqui no Brasil em julho, entrega performance — inclusive fizemos testes em nosso cabelo em um salão local.

Um ponto interessante que chama atenção é a forma como os orientais constroem sua rotina de cuidado com os fios. Enquanto o público brasileiro está habituado a um processo de quatro etapas (shampoo, máscara, condicionador e óleo finalizador), lá eles incluem um passo “um e meio”: um pré-tratamento aplicado antes da máscara, com o objetivo de potencializar os ativos do tratamento principal.

É o caso da linha Fino, originalmente desenvolvida para o cabelo oriental, mas que vem se adaptando bem aos fios brasileiros pela alta tecnologia de suas máscaras. São produtos ricos, densos e eficazes, que não necessitam de espera após aplicação, diferente dos produtos tradicionais brasileiros, que exigem um tempo de absorção. Além disso, são muito mais permeáveis, o que garante que as necessidades do cabelo sejam supridas em questão de segundos.

O que vi, testei e aprendi na Ásia foi mais do que sobre cosméticos: foi sobre compromisso com o consumidor. Seja pela tradição japonesa ou pela ousadia coreana, o que une essas duas referências da beleza é a dedicação em entregar qualidade verdadeira em seus produtos e não apenas promessas de marketing.

Nosso público por aqui está cada vez mais exigente. E é exatamente isso que o varejo brasileiro quer oferecer: uma beleza que transforma, trata e respeita.

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Por Rafaela Kamachi

gerente de Marketing da Soneda A Casa da Beleza

Artigo de opinião

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