Vencedores da 14ª Mostra Ecofalante de Cinema são anunciados em São Paulo
Festival destaca produções que abordam questões sociais e culturais do Brasil até 11 de junho
A 14ª Mostra Ecofalante de Cinema, que acontece até 11 de junho em São Paulo, anunciou os vencedores das duas principais categorias competitivas do festival: a Competição Territórios e Memória e o Concurso Curta Ecofalante. O evento reúne produções que exploram diferentes visões e aspectos do Brasil, promovendo debates e reflexões sobre temas atuais e relevantes.
Na Competição Territórios e Memória, o longa-metragem “Pau D’Arco”, dirigido por Ana Aranha, foi premiado como Melhor Longa pelo júri, recebendo o troféu Ecofalante e um prêmio de R$ 20 mil. O filme aborda a chacina em que a polícia matou 10 trabalhadores sem-terra, destacando a luta por justiça e pelo direito à terra. Segundo o júri, composto por Ana Maria Magalhães, Ana Paula Sousa e Rita Carelli, a obra “nos coloca diante da rede de violências praticada pelos grandes proprietários rurais contra os pequenos lavradores” e oferece um retrato amplo da luta pela reforma agrária.
A menção honrosa do júri na categoria longa foi para “Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá”, dos diretores Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna. Já o Prêmio do Público para longa-metragem foi para “São Palco – Cidade Afropolitana”, de Jasper Chalcraft e Rose Satiko Gitirana Hikiji, que apresenta São Paulo como um meta-palco ocupado por artistas africanos em diálogo com a população brasileira.
Entre os curtas da Competição Territórios e Memória, o júri premiou “Sukande Kasáká | Terra Doente”, dirigido por Kamikia Kisedje e Fred Rahal, com o troféu Ecofalante e R$ 7 mil. O filme é um “filme-denúncia que tem a poesia como matéria-prima” e narra o avanço do agronegócio na terra do povo Kisêdjê. A menção honrosa foi para “Domingo no Golpe”, de Giselle Beiguelman e Lucas Bambozzi, um documentário sobre os atos de 8 de janeiro de 2023. O Prêmio do Público para curta-metragem ficou com “Vermelho de Bolinhas”, de Joedson Kelvin e Renata Fortes, que aborda o feminicídio de uma jovem sertaneja em 1941.
No Concurso Curta Ecofalante, voltado para produções de estudantes, o grande vencedor foi “Cartas a Tia Marcelina”, de João Igor Macena, que recebeu o troféu Ecofalante e R$ 7 mil. O júri destacou o filme por sua “abordagem poderosa e multifacetada de temas cruciais”, como intolerância religiosa e racismo ambiental. A menção honrosa foi para “Número Errado”, de Leonardo Marcini, um filme de animação que trata a temática LGBTQIA+ de forma sensível e inovadora. O Prêmio do Público foi para “Na ponta do laço”, de Carolina Huertas, que conta a história de uma jovem bailarina negra enfrentando inseguranças em uma audição.
A Mostra Ecofalante exibiu 125 filmes de 33 países em mais de 40 locais, incluindo salas de cinema, espaços culturais e educacionais, além de promover debates, homenagens e masterclasses. O festival reafirma seu compromisso com a diversidade cultural e a reflexão social por meio do cinema.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Mostra Ecofalante.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA