Separação dos pais: quando e como isso afeta os filhos, explica psicóloga perinatal
Entenda que o divórcio não é o problema, mas sim os conflitos e afastamentos que impactam as crianças
O Brasil registrou mais de 440 mil divórcios em 2023, um aumento de quase 5% em relação ao ano anterior, segundo dados do IBGE. Com esse crescimento, surgem dúvidas importantes sobre como a separação dos pais pode afetar o desenvolvimento emocional das crianças. Para esclarecer, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, explica que o divórcio em si não é o problema principal. O que realmente pode prejudicar os filhos são o afastamento de um dos genitores, os conflitos frequentes e a forma como as crianças são envolvidas nesse processo.
“É melhor que a criança perceba que seus pais estão melhores separados do que viver num ambiente de brigas, tristeza ou tensão”, afirma Rafaela. Segundo ela, o impacto negativo vem quando a criança deixa de conviver com um dos pais, é exposta a brigas constantes ou usada como instrumento de disputa entre os adultos. “A separação precisa ser entre os dois adultos, não entre pais e filhos”, alerta.
A especialista destaca que, nas últimas décadas, muitas crianças cresceram em meio a separações mal resolvidas, com brigas intensas e pouco preparo emocional dos pais. Isso resultou em uma geração marcada por inseguranças, dúvidas sobre o afeto parental e ausência de convivência com um dos genitores.
Algumas atitudes podem prejudicar ainda mais a saúde emocional das crianças durante a separação, como:
– Falar mal do ex-parceiro para a criança;
– Disputas pela guarda com intenção de ferir o outro;
– Reduzir o contato da criança com um dos pais sem justificativa;
– Usar a criança como “mensageira” entre os adultos.
Por outro lado, separações conduzidas com respeito mútuo, guarda compartilhada e diálogo aberto preservam o bem-estar dos filhos. “O ideal é que a criança continue convivendo com ambos os pais com frequência, sentindo-se amada e segura”, reforça Rafaela.
Para identificar se a criança está sofrendo com a separação, a psicóloga recomenda atenção às mudanças de comportamento, como tristeza persistente, regressões, irritabilidade e recusa em conviver com um dos genitores. “A criança pode não dizer com palavras, mas sente. Ela percebe a ausência e se pergunta por que não vê mais aquele pai ou mãe. Isso precisa ser acolhido com cuidado”, conclui Rafaela, ressaltando que o apoio psicológico pode ser fundamental nesses casos.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa do Instituto MaterOnline, trazendo dados atualizados e orientações de especialistas para ajudar famílias a protegerem a saúde emocional das crianças durante momentos delicados como a separação dos pais.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA