Queijo Colonial do Sudoeste do Paraná conquista Indicação Geográfica em 2025

Reconhecimento oficial valoriza tradição e fortalece produtores locais com selo de qualidade

O queijo colonial do Sudoeste do Paraná recebeu, em 17 de junho de 2025, o registro de Indicação Geográfica (IG) concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Essa conquista representa o quinto novo registro obtido pelo estado neste ano, após as broas de centeio de Curitiba, a cracóvia de Prudentópolis, a carne de onça de Curitiba e o urucum de Paranacity.

A certificação, na modalidade Indicação de Procedência (IP), reconhece a região como centro de produção tradicional e referência na fabricação artesanal do queijo colonial. O selo abrange a produção em 42 municípios do Sudoeste paranaense, onde 18 produtores de 11 municípios, associados à Associação dos Produtores de Queijo Artesanal do Sudoeste do Paraná (Aprosud), fabricam cerca de 17 toneladas mensais do produto.

Claudemir Roos, presidente da Aprosud e produtor local, destaca que a IG é a realização de um sonho e o reconhecimento do esforço dos produtores. “Traz, sem dúvidas, a atenção de mais compradores, maior valor aos nossos produtos e, com certeza, mais renda para o campo e para as famílias que fazem da produção de queijo o seu ganha-pão. Além disso, atrairá a atenção de outros agricultores que desejam produzir. Quem ganha com isso é a região”, afirma.

O Sebrae/PR, representado pela consultora Alyne Chicocki, foi parceiro fundamental durante o processo, oferecendo suporte técnico, pesquisa histórica e fomentando a valorização da cultura do queijo colonial. Alyne ressalta que a IG é “mais do que um selo — é o reconhecimento de uma história que vem sendo moldada há décadas pelas mãos de famílias que vivem o queijo colonial todos os dias”. O Sebrae também apoiou eventos e qualificações que contribuíram para a conquista.

Para a produtora Cristina Bombonato, de Pinhal de São Bento, a IG traz responsabilidade. “Implica em termos processos produtivos mais rigorosos e seguros através de boas práticas na propriedade. Isso faz diferença para o consumidor, traz credibilidade. Além disso, a IG também é um reconhecimento histórico, uma vez que a colonização italiana trouxe essa cultura da produção de leite e queijo. É a preservação dessa identidade que carregamos”, destaca.

A tradição familiar é outro ponto forte da produção. Angela Bach, de Santa Izabel do Oeste, relata que a produção de queijo colonial é uma herança passada de avó para netos, iniciada de forma artesanal com apenas duas vacas. Atualmente, sua família produz cerca de 800 litros de leite por dia e comercializa queijos coloniais tradicionais, temperados e maturados, todos feitos com leite das próprias vacas da propriedade.

O processo para obtenção da IG contou com o apoio coletivo do Sebrae/PR, IDR-Paraná/Iapar/Emater, Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), UTFPR, Cresol, prefeituras e produtores locais. O selo poderá ser utilizado por todos os produtores da área delimitada que cumprirem as exigências técnicas e forem fiscalizados pelo conselho regulador.

A região Sudoeste do Paraná é a principal bacia leiteira do estado, com cerca de 20 mil produtores responsáveis por uma produção anual estimada em 1 bilhão de litros de leite. A produção de queijos artesanais é uma marca cultural e econômica da região desde a década de 1940, simbolizando a história rural e a permanência das famílias no campo.

Com essa nova Indicação Geográfica, o Paraná alcança 19 registros oficiais, consolidando-se como o segundo estado brasileiro com maior número de IGs, fortalecendo a identidade e a economia local por meio da valorização dos produtos tradicionais.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Sebrae Paraná.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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