Maternidade após os 30: crescimento e desafios emocionais no Brasil

Quase 40% dos nascimentos são de mulheres com mais de 30 anos; psicóloga explica impactos sociais e emocionais

Em 2023, o Brasil registrou o menor número de nascimentos dos últimos cinco anos, com 2,52 milhões de bebês nascidos, segundo dados do IBGE. Essa queda, que ocorre pelo quinto ano consecutivo, contrasta com o aumento da maternidade entre mulheres com mais de 30 anos, que já representam quase 4 em cada 10 nascimentos no país.

A psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, analisa esse fenômeno como resultado de mudanças sociais e culturais. “O adiamento da maternidade está relacionado a fatores como a busca pela estabilidade financeira, a dedicação à carreira e a maior valorização da liberdade pessoal”, explica. Para ela, é fundamental que as mulheres se sintam seguras em suas escolhas e recebam o apoio necessário para viver essa experiência com confiança e tranquilidade.

Escolher ter filhos em uma fase mais avançada da vida é uma decisão cada vez mais comum e merece ser apoiada integralmente. Rafaela destaca que o suporte psicológico é essencial em todas as etapas da maternidade, desde o desejo de engravidar até o pós-parto. “É importante que elas se sintam plenamente apoiadas em suas escolhas. O suporte emocional, iniciado ainda antes da gestação, contribui para que as mulheres vivenciem essa jornada de forma segura e respeite suas necessidades e desejos”, afirma.

Entre as dúvidas frequentes, a psicóloga esclarece que não existe um momento certo ou uma forma única de ser mãe. A ideia de uma mãe perfeita ou de um momento ideal para a maternidade é um mito. O que importa é que cada mulher se sinta apoiada e segura em sua decisão, com acesso às informações e suporte necessários para viver essa experiência de forma plena e realista.

No entanto, Rafaela alerta para os aspectos biológicos que devem ser considerados: “Com o passar dos anos, a fertilidade diminui. Após os 35 anos, engravidar pode se tornar mais difícil, e os óvulos envelhecem, aumentando o risco de complicações como síndromes e abortos espontâneos.” Ela recomenda que as mulheres se informem sobre opções como o congelamento de óvulos, que pode preservar as chances de uma gestação futura com menos riscos.

Outro ponto importante abordado pela psicóloga é a sobrecarga emocional que recai sobre as mães. “A cobrança excessiva para que sejam perfeitas pode gerar angústia, ansiedade e conflitos psicológicos, especialmente quando sentem que devem abrir mão de seus sonhos e projetos pessoais para atender às expectativas sociais.” Rafaela também destaca que a cultura machista ainda dificulta a divisão equitativa das responsabilidades parentais, deixando a mulher vulnerável e muitas vezes invisível em suas próprias necessidades.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados e informações fornecidas pela assessoria de imprensa, trazendo uma análise atualizada e sensível sobre a maternidade depois dos 30 no Brasil.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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