Câncer de mama e maternidade: entenda os riscos e cuidados essenciais

Descubra como a gravidez influencia o câncer de mama e quais são as opções para mulheres que enfrentam essa doença antes, durante ou após a gestação

A relação entre câncer de mama e maternidade tem sido cada vez mais discutida, especialmente porque o câncer de mama é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Em 2025, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta para 74 mil novos casos no Brasil.

Nas últimas décadas, observa-se um aumento da incidência em mulheres jovens, em idade reprodutiva, embora a maior prevalência ocorra a partir dos 50 anos. Em países desenvolvidos, cerca de 7% das pacientes são diagnosticadas antes dos 40 anos, e o câncer de mama representa mais de 40% dos tumores nessa faixa etária. Paralelamente, a maternidade tardia tem crescido, elevando o risco da doença. Dados do Datasus mostram que, entre 2000 e 2020, o percentual de mulheres com 35 anos ou mais que tiveram filhos quase dobrou, passando de 9,1% para 16,5%.

Quase 4% das mulheres descobrem o câncer durante a gestação, o que torna o diagnóstico mais complexo devido às alterações fisiológicas naturais da gravidez. O oncologista José Bines, da Oncologia D’Or, destaca que “a percepção do tumor muitas vezes é difícil tanto para o médico como para a paciente, em razão das próprias mudanças que a gravidez provoca nas mamas”. Apesar disso, a gestação não precisa ser interrompida, pois o tratamento pode ser adaptado conforme a fase da gravidez e o tipo de tumor.

Para mulheres que desejam engravidar após o câncer, estudos recentes, como o Estudo Positive de 2023, indicam que a gestação não aumenta o risco de recidiva ou metástase. “A dúvida é se a interrupção do tratamento vai implicar na volta da doença, e não a gravidez em si”, explica José Bines. O estudo sugere que pacientes com tumor de baixo risco podem interromper a medicação após dois anos para tentar engravidar e amamentar, embora o acompanhamento de longo prazo ainda seja necessário para confirmar a segurança dessa prática.

No pós-parto, o risco de câncer de mama aumenta nos meses seguintes ao nascimento do bebê. Pesquisas indicam que o câncer diagnosticado até um ano após o parto tende a ser mais agressivo e em estágio avançado, possivelmente devido ao atraso no diagnóstico e início do tratamento, além de características biológicas específicas do tumor nesse período.

Por fim, o avanço dos tratamentos oncológicos ampliou as chances de cura e controle da doença, e técnicas como o congelamento de óvulos e embriões oferecem alternativas para preservar a fertilidade durante o tratamento. Como ressalta José Bines, “o médico precisa abordar essa questão com toda paciente jovem no início da consulta, porque os tratamentos são longos e o passar dos anos diminui as chances de gravidez”.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa da Oncologia D’Or, trazendo informações atualizadas e relevantes para mulheres que enfrentam o desafio do câncer de mama em diferentes fases da maternidade.

Referências: Instituto Nacional do Câncer (INCA), Datasus, Estudo Positive (2023), entre outros estudos científicos recentes.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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