Queda nas doações ameaça projetos que garantem alimentação a 1.200 famílias em Pirituba (SP)

ONG Projeto Amigos da Comunidade enfrenta redução de 80% nas doações e busca apoio para manter atendimento a crianças e famílias vulneráveis

Dados recentes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) revelam que 8,4 milhões de brasileiros passaram fome entre 2021 e 2023, o que representa 3,9% da população nacional. A situação é ainda mais grave em lares chefiados por mulheres negras, onde a insegurança alimentar grave atinge 22% das famílias, quase o dobro do índice entre mulheres brancas. Nas regiões periféricas, o problema se agrava devido ao baixo acesso a alimentos frescos e ao alto consumo de ultraprocessados, mais baratos, mas menos nutritivos.

Nesse cenário, o Projeto Amigos da Comunidade (PAC), ONG que atua há 22 anos nos distritos de Pirituba e Jaraguá, em São Paulo, desenvolve projetos essenciais para combater a fome e a insegurança alimentar. Em 2024, a organização distribuiu 6 toneladas de alimentos in natura e garantiu mais de 416 mil refeições, atendendo mensalmente mais de 1.200 famílias. Entre as iniciativas, destaca-se a Feira Solidária, que oferece frutas, legumes e verduras gratuitamente à população atendida.

No entanto, o primeiro semestre de 2025 trouxe um desafio crítico: uma queda de 80% nas doações de alimentos frescos comprometeu diretamente a continuidade e a qualidade dos projetos. “A Feira Solidária é uma ação que garante acesso gratuito à alimentos frescos e de qualidade, e com menos doações, tivemos que diminuir a frequência das entregas. As famílias continuam sendo atendidas, mas com menor regularidade, o que afeta diretamente a segurança alimentar de todos, especialmente das crianças”, explica Rosane Chene, diretora da ONG PAC.

Além da Feira Solidária, os alimentos arrecadados são destinados às refeições de 120 crianças e adolescentes atendidos nas oficinas socioeducativas do Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) e para 45 crianças acolhidas nas unidades do Serviço de Acolhimento Institucional (SAICA). Mesmo diante da escassez, o PAC mantém campanhas constantes de doação e conta com o apoio de nutricionistas para garantir a qualidade dos cardápios.

O Serviço de Assistência Social à Família (SASF) da ONG também foi impactado: em 2024, mais de mil famílias receberam acompanhamento e 1.343 cestas básicas foram distribuídas. Em 2025, a redução de recursos obrigou a priorização dos atendimentos para os casos de maior vulnerabilidade.

Rosane Chene reforça a importância do apoio contínuo para que os projetos não apenas resistam, mas avancem: “Apesar dos avanços, nosso país ainda figura no Mapa da Fome, com mais de 8 milhões de pessoas em insegurança alimentar. Por isso, nossos projetos e atendimentos às famílias têm a alimentação de qualidade como base. Mas, para avançarmos e mantermos a frequência e qualidade do que oferecemos, é fundamental contar com apoio recorrente para que nossos projetos não apenas resistam às dificuldades, mas avancem com a mesma força, e consigamos mudar essa realidade.”

O PAC é uma organização social sem fins lucrativos, certificada pelo CEBAS, que conta com mais de 100 funcionários, cerca de 5.000 voluntários, 192 mantenedores via doação e parcerias com empresas para subsidiar suas oficinas e projetos sociais. A atuação da ONG é fundamental para garantir o direito à alimentação e o combate à fome em uma das regiões mais vulneráveis da capital paulista.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Projeto Amigos da Comunidade (PAC).

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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