Parkinson além do tremor: sintomas, tratamento e a urgência da inclusão social

Conheça os desafios da doença de Parkinson, seus sintomas menos conhecidos e a importância de um cuidado multidisciplinar e inclusivo

Recentemente, o vocalista do A-ha, Morten Harket, revelou que enfrenta a doença de Parkinson, compartilhando sua trajetória marcada por duas cirurgias de estimulação cerebral profunda em 2024. Seu depoimento trouxe à tona a importância de compreender a doença para além do tremor, sintoma mais conhecido, mas que não representa a totalidade dos desafios enfrentados pelos pacientes.

De acordo com o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião funcional e pesquisador da Unicamp, a doença de Parkinson apresenta sintomas não motores que impactam profundamente a qualidade de vida, como fadiga intensa, dores crônicas, alterações cognitivas, dificuldades emocionais e problemas autonômicos, muitas vezes subestimados. “A avaliação clínica não deve se limitar aos sintomas motores, uma vez que os sinais não motores podem ser igualmente debilitantes”, alerta o especialista. Sintomas como constipação intestinal, quedas de pressão, dificuldades de fala e problemas posturais podem passar despercebidos, atrasando o diagnóstico e o tratamento adequados.

A doença afeta cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos, e no Brasil estima-se que aproximadamente 200 mil pessoas vivam com Parkinson. A evolução da doença varia muito: alguns pacientes permanecem estáveis por décadas, enquanto outros enfrentam um avanço mais rápido, especialmente os mais jovens, que ainda estão ativos no mercado de trabalho. O impacto emocional é grande, com depressão e ansiedade presentes em até 50% dos casos, segundo dados citados pelo Dr. Valadares.

O acompanhamento eficaz exige uma abordagem multidisciplinar, que inclua apoio psicológico, fisioterapia e fonoaudiologia, além de uma escuta ativa e empática por parte dos profissionais de saúde. “Muitas vezes, o que mais aflige o paciente não é o tremor ou a rigidez, mas as limitações que afetam sua independência e bem-estar emocional”, explica o neurocirurgião.

No Brasil, o tratamento enfrenta desafios estruturais significativos. Embora hospitais de referência ofereçam suporte qualificado nas grandes cidades, a falta de acesso a profissionais capacitados e terapias em cidades menores é um problema grave. Além disso, o desabastecimento de medicamentos e a insuficiência das leis de acessibilidade dificultam a vida dos pacientes. “O simples ato de caminhar pelas ruas pode ser uma experiência desagradável para quem tem limitações motoras, devido às barreiras urbanísticas”, observa o Dr. Valadares.

Apesar desses obstáculos, há avanços, como a isenção do imposto de renda para aposentados e pensionistas com Parkinson, embora essa medida não alcance aqueles ainda em atividade profissional. O especialista reforça que a inclusão social é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias, que muitas vezes assumem o papel de cuidadores sem suporte adequado.

“Se quisermos melhorar o suporte aos pacientes com Parkinson, precisamos ampliar nossa compreensão sobre a doença e reconhecer suas múltiplas dimensões. O manejo deve ir além do controle dos sintomas motores, promovendo o bem-estar geral do paciente e permitindo que ele continue participando ativamente da sociedade”, conclui o Dr. Marcelo Valadares.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, reforçando a importância da conscientização e do cuidado integral para quem convive com a doença de Parkinson.

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EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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