Dia Nacional da Cardiopatia Congênita: 1 em cada 100 nascidos vivos é afetado no Brasil
Entenda a importância do diagnóstico precoce e os avanços no tratamento para crianças com cardiopatia congênita
No dia 12 de junho, o Brasil celebra o Dia Nacional da Conscientização da Cardiopatia Congênita, uma data fundamental para alertar sobre essa condição que afeta o coração desde o nascimento. Estima-se que 1 a cada 100 crianças nascidas no país apresente alguma forma de cardiopatia congênita, o que representa cerca de 30 mil novos casos por ano. Esses números evidenciam a necessidade urgente de diagnóstico precoce e atendimento especializado para garantir melhores resultados e qualidade de vida aos pacientes.
O avanço da ecocardiografia fetal tem sido um marco no manejo dessas doenças. Segundo Gustavo Foronda, Coordenador Geral da Unidade de Cardiologia Pediátrica e Cardiopatia Congênita no Adulto do InCor-HCFMUSP, “em casos de condições complexas, como a síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, o diagnóstico fetal e o encaminhamento para um serviço especializado aumentam drasticamente as chances de um desfecho positivo”. A Lei nº 14.598, promulgada em junho de 2023, tornou obrigatório o ecocardiograma fetal para todas as gestantes, fortalecendo a detecção precoce em todo o país.
Além da ecocardiografia, a análise genética também é uma ferramenta importante para identificar síndromes associadas às cardiopatias congênitas. Testes como o sequenciamento de exoma permitem detectar mutações genéticas que podem influenciar o tratamento e o acompanhamento do bebê ainda na gestação.
Os avanços no tratamento são notáveis, com procedimentos minimamente invasivos, como o cateterismo percutâneo, ganhando espaço e oferecendo alternativas menos traumáticas que a cirurgia aberta. O Instituto do Coração (InCor) é o maior centro de referência no Brasil, realizando desde intervenções fetais até transplantes cardíacos pediátricos. Em 2024, o InCor realizou cerca de 15 mil atendimentos ambulatoriais e mais de 2 mil internações, mas ainda enfrenta desafios como déficit de leitos e profissionais especializados.
A humanização do atendimento é outro ponto crucial. Dra. Nana Miura, Diretora da Unidade de Cardiologia Pediátrica do InCor, destaca que “é vital que as famílias compreendam a patologia, o prognóstico e os possíveis desfechos, mesmo os não favoráveis. A transparência fortalece a confiança e apoia nas decisões”. O acompanhamento a longo prazo, com ambulatórios especializados e teleorientação, garante o cuidado contínuo necessário para esses pacientes.
Para esclarecer dúvidas comuns, a cardiologista pediátrica Dra. Vanessa Guimarães desmistifica alguns pontos: nem todas as cardiopatias precisam de cirurgia; crianças com a doença podem levar uma vida plena; exames preventivos são importantes desde a infância; nem todo sopro indica problema grave; e uma boa alimentação é essencial para a saúde do coração.
Este Dia Nacional reforça a importância da conscientização, do diagnóstico precoce e do acesso a tratamentos especializados para transformar a vida de milhares de crianças e suas famílias no Brasil. Compartilhe esta informação e ajude a ampliar o conhecimento sobre a cardiopatia congênita.
Conteúdo baseado em dados da assessoria de imprensa do Instituto do Coração (InCor).

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA