“Rosas de Chumbo”: romance híbrido resgata memória das mulheres na ditadura militar

Obra de Daniela Bonafé dá voz e vida às vítimas femininas do regime, unindo literatura e direitos humanos

Publicado pela editora Toma Aí Um Poema, o romance “Rosas de Chumbo” é uma obra literária híbrida que traz à tona a história das mulheres vítimas da ditadura militar brasileira. A autora, Daniela Bonafé, professora e militante de direitos humanos, utiliza a ficção para dar sobrevida a essas figuras históricas, conferindo-lhes sonhos, desejos e vontades que o regime de exceção tentou apagar.

Com 13 capítulos e retratando 50 mulheres, o livro se destaca por sua estrutura experimental, que mistura poesia, crônica, diário, conto, música e teatro. Essa diversidade de linguagens cria uma identidade única para cada personagem, contrapondo-se à desumanização imposta pela repressão. Além disso, o leitor é convidado a uma imersão no contexto histórico por meio de QR codes que levam a playlists da época e trechos de notícias, enriquecendo a experiência.

No prefácio, Monique Bonomini ressalta a importância da obra para manter viva a memória dessas mulheres que lutaram contra a ditadura: “Manter viva a memória das mulheres que lutaram contra a ditadura, é uma forma potente de inspirar as novas gerações e resgatar o valor pago pela liberdade de que gozamos no presente”. O cuidado e a profundidade da pesquisa da autora também são destacados nos posfácios assinados por Amelinha Teles e Mell Renault, enquanto a orelha é assinada por Júnia Paixão.

Daniela Bonafé, que atua na militância dos direitos humanos há mais de 25 anos, revela que temas como mulher, violência e opressão sempre estiveram entre seus objetos de estudo. Ela conta que o processo de pesquisa para “Rosas de Chumbo” foi intenso e exigiu preparo emocional e físico, pois lidar com a barbárie da ditadura e seu impacto foi um desafio pessoal e profissional.

A autora explica que a escolha do formato híbrido permite uma “livre bricolagem” entre diferentes gêneros literários e uma conversa com textos de outras autoras e autores, como Bertolt Brecht e Wisława Szymborska. Essa pluralidade ajuda a singularizar cada uma das mulheres retratadas, dando-lhes voz e identidade, rompendo com o silêncio e a despersonalização que marcaram o regime. “Honrar a história e lembrá-la, recontando a novas gerações e de modos tão bonitos e diversos faz com que os silêncios se rompam e as palavras preencham os vazios que ficaram”, defende Daniela.

Além de escritora, Daniela é professora com formação em Artes Cênicas e Pedagogia, e atua na formação de docentes em Arte Educação e Educação em Direitos Humanos. “Rosas de Chumbo” representa um divisor de águas em sua carreira literária, trazendo um tom mais denso e desafiador do que suas obras anteriores.

Para quem deseja conhecer essa obra que une literatura e memória histórica, “Rosas de Chumbo” está disponível para aquisição no site da Benfeitoria.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa.

Adquira “Rosas de Chumbo” e mantenha viva a memória das mulheres que enfrentaram a ditadura militar.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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