Gordura no fígado: a epidemia silenciosa que cresce no Brasil e preocupa especialistas
Conheça os riscos da esteatose hepática, a desinformação sobre exames e a importância do diagnóstico precoce
No Brasil e no mundo, a gordura no fígado, conhecida clinicamente como esteatose hepática, é uma doença silenciosa que já atinge cerca de um terço da população global. Em 12 de junho, Dia Internacional de Combate à Gordura no Fígado, especialistas reforçam a necessidade de ampliar o conhecimento sobre essa condição que cresce como uma verdadeira epidemia e pode levar a complicações graves, incluindo a necessidade de transplante hepático.
Dados recentes divulgados pela Novo Nordisk, em parceria com o Instituto Datafolha, revelam um cenário preocupante no Brasil. A pesquisa mostra que 61% dos brasileiros nunca realizaram ou desconhecem quais exames detectam a gordura no fígado, mesmo que 62% afirmem que ficariam muito ou extremamente preocupados com esse diagnóstico. Entre os fatores de risco mais citados estão o excesso de peso (58%) e o consumo de bebidas alcoólicas (46%).
Marcela Caselato, diretora médica da Novo Nordisk, destaca que o aumento do sobrepeso e da obesidade no país agrava o problema. “66% dos brasileiros apresentam sobrepeso ou obesidade — um aumento de 11% em relação ao ano anterior — e 55% consomem bebida alcoólica, percentual que sobe para 57% entre aqueles com excesso de peso”, alerta. Esses fatores são determinantes para o desenvolvimento da doença e suas complicações.
A esteatose hepática é chamada de “epidemia silenciosa” porque, em seus estágios iniciais, geralmente não apresenta sintomas, dificultando o diagnóstico precoce. Com a progressão, podem surgir cansaço excessivo, fraqueza, fadiga e até hemorragias. Se não tratada, pode evoluir para inflamação (esteato-hepatite), fibrose, cirrose e câncer hepático, podendo levar à falência do órgão. Estima-se que até 2030 a esteato-hepatite será a principal causa de transplantes de fígado.
Além disso, a gordura no fígado aumenta o risco de outras doenças graves, como cardiovasculares e diversos tipos de câncer. Pessoas com fatores de risco como diabetes tipo 2, histórico familiar, consumo excessivo de álcool e dietas ricas em ultraprocessados devem redobrar a atenção.
O diagnóstico pode ser feito por clínicos gerais, endocrinologistas, hepatologistas ou gastroenterologistas, por meio de exames laboratoriais e de imagem. O tratamento, especialmente nos estágios iniciais, é baseado em mudanças no estilo de vida: alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e controle do peso. O acompanhamento médico é fundamental para evitar complicações.
Este alerta reforça a importância da conscientização e do acesso a informações confiáveis para combater a esteatose hepática no Brasil. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas para frear essa epidemia silenciosa que já impacta milhares de vidas.
Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa Novo Nordisk e Instituto Datafolha.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA