Gaza enfrenta dia crítico com aumento de mortes em busca de ajuda e ameaça a hospital vital
Ataques intensificam crise humanitária, prejudicam comunicação e colocam hospital Nasser em risco iminente
A faixa de Gaza viveu um dos seus dias mais críticos, com o aumento do número de mortes entre pessoas que buscavam ajuda humanitária e a ameaça direta a um dos poucos hospitais capazes de realizar atendimentos complexos na região. Segundo dados da assessoria de imprensa de Médicos Sem Fronteiras (MSF), os ataques recentes intensificaram o caos, dificultando ainda mais a resposta médica e humanitária em um território já devastado por meses de conflito.
Na quinta-feira, 12 de julho, o hospital de campanha do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) atendeu 125 vítimas, incluindo três pessoas que chegaram mortas ao local. Na véspera, a clínica de Al Mawasi, apoiada pela MSF, recebeu 32 vítimas, entre elas três que já estavam mortas ao chegar. O hospital do CICV também registrou 160 atendimentos no dia 11, com cinco mortos na chegada e três que faleceram pouco depois. A maioria dos feridos e mortos são palestinos que tentavam acessar pontos de distribuição de suprimentos da Fundação Humanitária de Gaza (FHG).
Além das perdas humanas, um ataque recente comprometeu as linhas de comunicação, resultando em um corte massivo da internet na região. Essa interrupção dificultou a coordenação das equipes médicas e humanitárias, que dependem da comunicação para organizar o transporte de suprimentos, chamar ambulâncias e garantir a segurança dos profissionais em uma das zonas de guerra mais perigosas do mundo. “Tivemos pouquíssimas notícias de nossas equipes em Gaza durante mais de 12 horas. A falta de internet e a disponibilidade limitada de linhas telefônicas torna ainda mais difícil que equipes médicas e humanitárias coordenem os movimentos de pessoal e suprimentos, chamem ambulâncias e gerenciem a segurança de nossas equipes”, explicou José Mas, chefe de programas de emergência da MSF em Gaza.
Outro ponto alarmante é a emissão de ordens de desocupação por parte das forças israelenses que incluem quarteirões onde está localizado o hospital Nasser. Essa unidade é uma das poucas instalações de saúde no sul de Gaza ainda capaz de realizar atendimentos de maior complexidade, contando com equipamentos especializados, como incubadoras para 17 bebês na unidade de terapia intensiva. “O hospital tem setores que não podem ser evacuados sem colocar a vida dos pacientes em grave perigo, porque o equipamento especializado que ele tem não está disponível em nenhum outro lugar no sul de Gaza”, alerta Mas, destacando o risco iminente de bombardeio.
A situação em Gaza, marcada por 20 meses de bombardeios diários intensos, está levando a uma fragilização extrema da ordem social e humanitária. A entrega de suprimentos, muitas vezes dificultada por restrições de acesso e movimentação impostas por atores locais armados e empresas privadas, somada ao deslocamento constante da população, agrava ainda mais a crise.
Este cenário reforça a urgência de uma resposta humanitária coordenada e segura, que possa garantir o acesso à saúde e à ajuda básica para a população de Gaza, em meio a um contexto de violência e insegurança crescente.
Curta, compartilhe e comente para ampliar a conscientização sobre a grave situação em Gaza e a importância do apoio humanitário.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA