Moda de resistência cresce no Brasil e fortalece movimentos sociais com consumo consciente
Como a moda com propósito impulsiona causas sociais e ambientais, financiando lutas e promovendo identidade
Em um cenário onde o consumo consciente e a moda com propósito ganham cada vez mais espaço, a moda de resistência se destaca como uma importante ferramenta para movimentos sociais em todo o Brasil. Dados recentes da pesquisa PwC/Instituto Locomotiva (2024) revelam que 70% dos consumidores das classes C, D e E estão dispostos a pagar mais por marcas engajadas em causas ambientais, enquanto 69% preferem marcas que apoiam causas sociais. Além disso, 86% priorizam lojas sustentáveis e 53% já deixaram de consumir produtos de empresas sem responsabilidade social.
Essa transformação no comportamento do consumidor tem impulsionado coletivos a adotarem a moda como estratégia de comunicação e financiamento. Camisetas, bonés, bolsas e acessórios que estampam mensagens políticas e sociais não só divulgam ideias, mas também garantem a autonomia financeira dos movimentos. Ícones como o boné vermelho do MST e o boné azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros” exemplificam como a estética se torna símbolo de identidade e resistência.
Em Curitiba, a Marcha da Maconha é um exemplo claro dessa tendência. Com 18 anos de atuação independente, o movimento lançou sua coleção 2025, que inclui camisetas, moletons, bolsas e adesivos com forte apelo visual e temática alinhada ao lema “A Ciência Confirma, a Planta é Divina”. A renda obtida com as vendas é integralmente destinada à organização da próxima edição da Marcha, marcada para 14 de setembro na Boca Maldita.
“Vestir uma camiseta da Marcha é um ato político. É uma forma de dizer: eu apoio esse movimento, e eu ajudo a fazê-lo acontecer. Toda a renda da loja vai para estruturar a Marcha e nossas ações educativas”, explica a jornalista e ativista Carolina Fayad, da organização da Marcha da Maconha de Curitiba.
A iniciativa combina design autoral, produção independente e militância, criando uma fonte concreta de financiamento para garantir a autonomia política e financeira do movimento. Segundo o designer e ativista Lucas Titon, “a moda sempre foi uma ferramenta de resistência. No caso da Marcha da Maconha, ela também se torna uma fonte concreta de financiamento para um movimento que precisa garantir sua autonomia política e financeira”.
A coleção 2025 oferece peças acessíveis e visualmente impactantes, que podem ser adquiridas pelas redes sociais da Marcha, com retirada em pontos parceiros ou no dia da manifestação. A ativista Patricia Druzian destaca: “Quando você compra uma peça da loja, você ajuda a garantir que a Marcha aconteça com estrutura, segurança e materiais educativos. Portanto, desenvolvemos produtos acessíveis e muito bonitos para que toda nossa nação curitibana e apoiadores nacionais possam militar com estilo.”
Esse movimento cultural está em ascensão, especialmente no contexto da cultura canábica, que vive maior abertura para debates públicos e avanços científicos no uso terapêutico da planta. A Marcha da Maconha de Curitiba, que reuniu cerca de 10 mil pessoas em 2023, representa uma luta ampla por dignidade, saúde, justiça social e climática, envolvendo ativistas, mães, familiares e diversos setores da sociedade. A participação é aberta a todos, independentemente do uso da planta, reforçando a importância da moda de resistência como expressão e suporte dessas causas.
Este conteúdo foi elaborado com dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Marcha da Maconha de Curitiba e pesquisa PwC/Instituto Locomotiva.
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Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA