Medicina fetal: avanços que salvam vidas antes mesmo do nascimento
Conheça como a medicina fetal transforma diagnósticos e tratamentos durante a gestação, garantindo mais esperança para bebês e famílias
A medicina fetal é uma especialidade que vem revolucionando o cuidado com bebês ainda no útero, permitindo diagnosticar e tratar doenças graves durante a gestação. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 6% dos recém-nascidos no mundo apresentam malformações, resultando em 240 mil mortes anuais. No Brasil, aproximadamente 15 a 20 centros especializados realizam procedimentos de alta complexidade, como o Hospital e Maternidade Sepaco, em São Paulo, referência na área.
Um exemplo emocionante é o caso de Jucilea Pereira Milhomem, mãe das gêmeas Laura e Lorena. Durante uma ultrassonografia em Jundiaí, foi detectada a síndrome da transfusão feto fetal (STFF), condição que prejudicava o crescimento de uma das bebês. Transferida para o Sepaco, Jucilea passou por uma cirurgia minimamente invasiva chamada ablação de anastomoses placentárias, que utiliza laser para interromper a circulação sanguínea desigual entre os fetos. “Eu nunca tinha ouvido falar nessa síndrome. Mas no hospital me explicaram tudo direitinho, inclusive o risco de perder os bebês. Tive muito medo da cirurgia, foi a primeira operação que fiz na vida, mas eu segui confiante”, relembra a mãe. Graças ao procedimento, as gêmeas nasceram com 35 semanas e 6 dias, e hoje estão se recuperando bem.
A médica Mariana Azevedo, especialista do Sepaco, destaca que além dos desafios técnicos, o aspecto emocional é intenso para profissionais e familiares. Ela recorda um caso grave de restrição de crescimento fetal em gêmeos, onde o menor bebê tinha poucas chances de sobrevivência, mas que, com o tratamento, evoluiu positivamente: “É sempre gratificante quando conseguimos mudar uma história”.
A ultrassonografia morfológica do primeiro e segundo trimestres é fundamental para detectar malformações. O exame do primeiro trimestre identifica cerca de 42% das anomalias, enquanto o do segundo chega a 75% a 80%. Entre as condições que podem ser tratadas intraútero estão a mielomeningocele (espinha bífida), transfusão feto fetal, hérnia diafragmática congênita, obstruções da bexiga e cardiopatias congênitas.
As técnicas cirúrgicas evoluíram e muitos procedimentos são minimamente invasivos, com câmeras de alta resolução. Contudo, os riscos existem, como parto prematuro, ruptura de membranas e óbito fetal, além de complicações para a mãe, como hemorragia e infecção. “A cirurgia fetal deve ser como uma balança. Os riscos não podem se sobrepor aos benefícios”, avalia a Dra. Mariana Azevedo.
Cada condição tem seu período ideal para intervenção, como a STFF entre 18 e 25 semanas e 6 dias, e a mielomeningocele entre 20 e 26 semanas e 6 dias. Após o nascimento, muitos bebês necessitam de acompanhamento multidisciplinar contínuo, reforçando a importância de centros especializados.
A medicina fetal é um campo onde ciência, técnica e humanidade se unem para garantir não só o nascimento, mas a qualidade de vida dos bebês e das famílias que os aguardam com esperança.
Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa do Hospital e Maternidade Sepaco.
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Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA